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Custos de produção do trigo têm alta de 22%

Com isso o investimento fica em R$ 3.997,10 mil por hectare no Rio Grande do Sul


Foto: Marcel Oliveira

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) projeta que o gasto do produtor para a nova safra de trigo no Estado está 21,77% maior. Com isso o investimento fica em R$ 3.997,10 mil por hectare e considerando uma produtividade média de 60 sacas por hectare o custo para a produção de uma saca é de R$ 66,62 a saca de 50 quilos. Na safra anterior o valor era de R$ 3.282,38, representando um custo por saca de R$ 54,71.

O primeiro levantamento dos custos de produção da cultura do trigo para 2021 mostra que para cobrir os custos da lavoura com a aquisição de insumos, manutenção de máquinas e equipamentos, combustíveis, entre outros, o produtor precisará colher 52,96 sacas. 

Segundo a entidade a relação de troca poderia ser melhor se os valores não aumentassem além da inflação. Conforme o economista da FecoAgro/RS, Tarcísio Minetto, entre os ítens que compõem os custos básicos e que compõem a lavoura, os insumos e as máquinas são os maiores, além dos aumentos nos combustíveis nas últimas semanas que também deverão impactar. "Apesar dos aumentos de custos a relação de troca melhorou com a elevação do preço dos grãos em geral. Esse cenário se mostra favorável, mas no caso do trigo poderia ser melhor pois os custos se elevaram significativamente sendo repassada também para estes custos a variação cambial", observa.

Para o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, o aumento dos custos preocupa, pois isso diminui o resultado do produtor. O dirigente salienta que, mesmo com o aumento de custos, a Rede Técnica Cooperativa projeta um aumento de 10% na área de trigo no Rio Grande do Sul. Isso faz com que este ano se plante 1,02 milhão de hectares. "Esperamos não ter problema de clima e que possamos ter uma safra recorde de trigo, o que é muito bom para o produtor e para a economia", destaca.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou 930,2 mil hectares e uma safra de 2,5 milhões de toneladas, avanço de 10,6%. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor do cereal, somente atrás do Paraná. 

* com informações da assessoria de imprensa
 

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