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Produtores rurais conhecem novidades para as lavouras nas visitas às vitrines tecnológicas

Roteiro técnico abriu a programação da 30ª Abertura da Colheita do Arroz


Foto: Eliza Maliszewski

Empresas e instituições iniciaram na manhã da quinta-feira, 12 de fevereiro, as apresentações das inovações para áreas de arroz, soja, milho e pastagens. As vitrines tecnológicas, tradicional momento de exposição na Abertura Oficial da Colheita do Arroz, mais uma vez mostram aos produtores as novidades e as tendências das principais empresas e entidades do setor agrícola. São 34 espaços utilizados por 20 empresas e entidades que disponibilizam tecnologias e soluções para as lavouras.

Além do Irga e da Embrapa, participam das vitrines as empresas Basf, Super N, Ihara, FMC, Bayer, UPL, Corteva, Adama, PGG Wrightson Seeds, Pioneer, RiceTec, Spraytec, Syngenta, Nidera Sementes, Lindsay, Compass Minerals, além da Universidade Federal de Pelotas (UfPel) e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Centenas de produtores realizam o roteiro técnico para conhecer as novidades.

O pesquisador da área de Melhoramento Técnico de Arroz Irrigado da Embrapa Clima Temperado, Paulo Ricardo Reis Fagundes, informou que a autarquia trouxe para as vitrines tecnológicas este ano cinco cultivares de arroz já tradicionais no mercado e apresentou uma nova variedade que será lançada em breve. As soluções colocadas à disposição do setor orizícola são: BRS Pampeira, BRS A701 CL, BRS Pampa CL, BRS 358 que é voltado ao mercado japônico, “um grão perfeito para ser usado em carreteiro, no risoto, e que traz um resultado mais úmido”.

Já a  grande novidade deste ano é a cultivar BRS A705 CL, que na comparação com as outras variedades,  não acama na lavoura, evitando uma possível enfraquecimento da planta. “O programa de melhoramento da Embrapa lança uma nova cultivar a cada dois anos e quem vai dizer se é boa ou não, será o produtor, que é o último melhorista”, destacou.

No estande do Irga, nas Vitrines Tecnológicas, o tema é diversificação de cultura. De acordo com o engenheiro agrônomo do Instituto, em Pelotas, Igor Kohls, a ideia é fazer a rotaçlão da área de arroz com soja, fomentando, principalmente, a exploração do período de outono/inverno, quando o campo fica normalmente descoberto.  E em um terceiro momento fazer a inserção do gado no sistema de produção. “É mais uma fonte de renda para o produtor, além de todos os benefícios que proporciona na cobertura de solo com os principais nutrientes. O objetivo do nosso estande é fazer com que o produtor consiga intensificar mais o uso do solo, com retorno produtivo e econômico, e menor impacto ambiental. Produzir na mesma área mais arroz, soja e quilos de carne por hectare”, salientou.

Segundo Kohls, até o começo dos anos 2000 a produtividade do arroz estava estagnada em torno de 5,5 mil quilos. “Tínhamos muito arroz e problemas do arroz vermelho e preto. Em 2010, surgiu o projeto 10 do Irga, pensando em novas técnicas de manejo junto com o sistema clearfield, que é uma molécula criada para eliminar todo arroz vermelho existente.
Na década seguinte, houve um aumento de produtividade em função destes dois fatores, assim como a entrada da soja. Na última década ocorreu uma nova estagnação em produtividade e, por isto, acreditamos que com a rotação de cultura se consegue que a unidade produtiva siga sendo rentável em todo o período outono inverno”, finalizou.

A 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz ocorre até esta sexa-feira, dia 14 de fevereiro, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). O tema este ano é “Integração Para a Sustentabilidade”. O evento é uma realização da Federarroz com correalização da Embrapa e Patrocínio Premium do Instituto Rio Grandense do Arroz.

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