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Chuvas devem apresentar oscilações nos próximos meses no Rio Grande do Sul

Meteorologista da Somar Meteorologia apresentou prognósticos do clima durante palestra na Abertura Oficial da Colheita do Arroz


A influência da temperatura das águas do Oceano Pacífico na intensidade do fenômeno La Niña e como funciona o padrão de chuvas no Rio Grande do Sul foram temas abordados no segundo dia da programação da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz que acontece na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), região de Pelotas (RS). A palestra “Projeções Climáticas para 2019/2020” foi ministrada pelo meteorologista e agrometeorologista da Somar Meteorologia, Celso Oliveira.

Conforme Oliveira, na previsão até novembro deste ano o que predomina, principalmente no segundo semestre, são as chuvas mais fortes do que o normal. “O El Niño acaba no meio do ano, mas simulações não mostram águas mais frias que o normal, por enquanto mantêm-se a água mais quente, porém, com desvios mais modestos. Isto significa que há episódios de chuva acima da média também para a segunda metade do ano, inclusive durante o plantio da safra 2019/2020”, explicou.

De acordo com o último boletim do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, divulgado em janeiro, a atmosfera passou a responder como o fenômeno El Niño, mas os seus efeitos serão variáveis. Segundo o meteorologista, o fraco aquecimento do Pacífico provoca uma certa oscilação no Estado. “No Rio Grande do Sul, na média, a chuva vem acontecendo acima da climatologia, mas não de forma persistente. E este padrão prossegue nos próximos meses”, salientou.

Oliveira alerta que é importante monitorar a temperatura do Pacífico e a própria sazonalidade. A partir de abril é normal o aumento da chuva sobre o Estado e se o Pacífico Leste voltar a esquentar, o aumento da chuva poderá até antecipar ainda para março. “Se você tentar entender como funciona o clima aqui no Estado é natural ficar preocupado com um eventual extremo de chuva. Portanto, é uma preocupação que eu tenho com relação a esse período agora de colheita, ou seja, um eventual aumento da precipitação. Estão ocorrendo janelas boas para a colheita e momentos onde o trabalho de campo fica mais complicado, e esse padrão de oscilação prosseguirá nos próximos meses, por isso a importância em monitorar. Diferentemente do ano passado, o primeiro semestre de 2019 será mais chuvoso que o normal”, concluiu o meteorologista.

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