Riscos que afetam o desenvolvimento da cana
Entre as consequências desse desequilíbrio está o avanço de pragas e doenças
Entre as consequências desse desequilíbrio está o avanço de pragas e doenças - Foto: Canva
A influência dos fatores que reduzem a produtividade da cana surge quando água, ambiente, fisiologia e operação deixam de atuar de forma integrada no canavial. Segundo Marco Antônio Viana, Especialista em Diagnóstico, Plano Diretor Agrícola e Plano de Negócios, esses elementos não aparecem de maneira isolada e tendem a se intensificar quando o manejo hidrológico é ignorado.
A origem dos problemas costuma estar em plantios realizados fora do limite adequado de água no solo, o que provoca dossel lento, maior incidência de luz direta, aumento da presença de plantas invasoras, evaporação excessiva, estresse contínuo e desenvolvimento de raízes superficiais, situação que torna os ambientes restritivos ainda mais vulneráveis.
Entre as consequências desse desequilíbrio está o avanço de pragas e doenças. O Sphenophorus levis encontra condições favoráveis em áreas de soqueira velha, com falhas na eliminação mecânica, compactação persistente, estresse hídrico e ambientes fragilizados. A redução desses impactos depende de operações eficientes, como uso adequado do eliminador, preparo de solo no momento correto, rotação de culturas, área limpa e plantios e colheitas ajustados ao manejo hídrico.
A síndrome da murcha também se intensifica em cenários de raiz rasa, repetição de estresse hídrico e erros no cálculo de água disponível, situação em que o fungo atua apenas como agravante. A matocompetição surge como reflexo de ambientes que se fecham lentamente, criando espaço para invasoras e elevando o uso de herbicidas. Já a compactação limita infiltração, armazenamento de água, perfilhamento e brotação, conectando-se diretamente aos demais fatores. A síntese aponta que o fator redutor é consequência e sua prevenção começa no plantio.