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Primeiros resultados do diagnóstico nutricional dos ervais são conhecidos

Os solos dos ervais começam a ser conhecidos no Rio Grande do Sul, revelando a sua situação nutriciona


Foto: Divulgação

Os solos dos ervais começam a ser conhecidos no Rio Grande do Sul, revelando a sua situação nutricional. A ação faz parte da segunda fase do diagnóstico nutricional dos ervais, nos cinco polos ervateiros do Rio Grande do Sul, dentro do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate. O trabalho está sendo feito em conjunto entre e o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/Seapdr) e Emater/RS-Ascar.

De acordo com o pesquisador do DDPA André Dabdab Abichequer essa é a fase de entrega dos laudos das análises químicas dos solos aos produtores de erva-mate que participaram das amostragens de solo e forneceram informações relacionadas à produtividade dos ervais. As análises foram realizadas pelo Laboratório de Química Agrícola do DDPA, em Porto Alegre. Na primeira quinzena do mês, foram devolvidos 50 laudos para produtores de 19 municípios pertencentes aos cinco polos ervateiros do RS, explicou.

Informações preliminares, demostram que há, por exemplo, deficiência de fósforo e de cálcio na maioria dos solos analisados, nutrientes importantes para a produção de folhas de erva-mate, segundo os pesquisadores. Um dos objetivos do trabalho é a identificação de fatores ligados à fertilidade do solo que possam estar limitando a produtividade dos ervais do RS. Outro dado levantado no diagnóstico foi a identificação de teores elevados de potássio na maior parte dos solos.

De acordo com o engenheiro florestal da Seapdr Jackson Freitas Brilhante os resultados do projeto vão fornecer uma visão geral sobre quais são os fatores ligados à fertilidade do solo e da nutrição vegetal que mais limitam a produção ervateira no RS, beneficiando todos os produtores. O conhecimento desses fatores servirá de subsídio para a assistência técnica desenvolvida pela Emater, complementa.

Dentro das próximas semanas serão entregues os laudos restantes, o que formará um total de 125 análises de solo. O próximo passo do projeto será a realização das análises foliares, que tem como propósito a determinação das faixas de suficiência no tecido vegetal para cada nutriente, ou seja, um referencial para a realização da diagnose foliar da erva-mate. Essa informação permitirá a avaliação da condição nutricional das plantas por meio da análise dos teores de nutrientes no tecido vegetal, explica o engenheiro florestal.

Além das informações relacionadas com a fertilidade do solo, também estão sendo coletados dados socioeconômicos dos produtores de erva-mate, por meio da aplicação de questionários pelas equipes da Emater/RS-Ascar. Conforme a pesquisadora da Seapdr Larissa Bueno Ambrosini informações importantes estão surgindo. Foi levantado, por exemplo, que mais de 90% dos produtores entrevistados pretendem permanecer na atividade agropecuária e que cerca de 50% entendem que há a necessidade de ampliação da pesquisa e assistência técnica para o cultivo da erva-mate, comenta Larissa.

Para o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater/RS-Ascar Ilvandro Barreto de Melo essa ação é de extrema importância para criar indicativos e direcionar o trabalho da assistência técnica e extensão rural, baseado em informações confiáveis no tocante à nutrição dos ervais, em acordo as particularidades de cada polo ervateiro do Estado. Isso irá refletir positivamente para um melhor equilíbrio nutricional às árvores, maior produtividade e rentabilidade econômica ao produtor. A melhoria na qualidade da folha, oriunda de ervais nutridos adequadamente, irá beneficiar diretamente o consumidor. A sequência dos estudos e o uso estratégico de todas as informações obtidas irão criar um novo marco para o manejo nutricional da erva-mate no Rio Grande do Sul, avalia Melo.

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