CI

Emater/RS-Ascar e Prefeitura realizaram curso para Florestar Agudo

A abertura do evento aconteceu nas dependências do Seminário Franciscano


Foto: Divulgação

Na semana passada (09 e 10/06), a Prefeitura e a equipe da Emater/RS-Ascar de Agudo, com apoio do Escritório Regional de Santa Maria, realizaram capacitação presencial para sete agricultores do município, sendo cinco homens e duas mulheres, tratando sobre plantio e manejo de Silvicultura convencional, sistema silvipastoril e sistema agroflorestal biodiverso, tornando estes participantes aptos a acessarem os recursos oferecidos pelo Programa Florestar Agudo, o qual é amparado pela Lei Municipal nº 1.695, de 12 dezembro de 2007.

Este Programa vem sendo executado desde o ano de 2008, capacitando 148 agricultores do município, sendo que 121 destes encontram-se na condição de aptos para serem beneficiados com mudas florestais, oferecidas pela Prefeitura, e Assistência Técnica gratuita pela Emater/RS-Ascar. Até o ano passado, 82 produtores foram beneficiados com o Programa, atingindo 266.780 mudas florestais plantadas. Novos reflorestamentos serão implantados até o final desta temporada, ampliando ainda mais estes números bastante significativos.

A abertura do evento aconteceu nas dependências do Seminário Franciscano, quando falaram o vice-prefeito Pedro Álvaro Müller Junior, o secretário municipal de Agricultura Décio Mundt e o extensionista da Emater/RS-Ascar, Fábio Forgiarini, esclarecendo que este curso, com duração de dois dias, é pré-requisito para que os agricultores possam receber o incentivo do poder público municipal, sendo que o Programa visa fomentar a produção florestal para incrementar a oferta de madeira nas suas diversas formas (varas, lenha, toras e serrada), com o objetivo de tornar os produtores rurais autossuficientes em matéria-prima florestal e contribuir com a geração de renda nas propriedades rurais localizadas no município, mediante a venda de madeira.

A programação do curso prosseguiu com abordagens do engenheiro ambiental da Prefeitura, Henrique Gallé, e dos extensionistas da Emater/RS-Ascar, engenheiro florestal Gilmar Deponti (ATR de Supervisão e Planejamento), técnico em Agropecuária, Fábio Forgiarini, e finalizou com os engenheiros agrônomos Kamila Santos e Luiz Eugênio Jacobs.

Além das abordagens teóricas, foram realizadas visitas técnicas nas propriedades rurais dos agricultores Laurindo Beling e Enio Binder, para a realização das atividades práticas da capacitação, tratando sobre controle de formigas, preparo do solo, plantio, tratos culturais, desrama, desbaste, medições e outras práticas de manejo silvicultural. Os depoimentos dos agricultores visitados foram bastante motivadores para os participantes, possibilitando troca de experiências entre agricultores e intervenções dos técnicos no aprofundamento dos temas.

O Programa prevê a oferta de mudas florestais para que os agricultores capacitados implantem a cada ano no mínimo 0,5 e no máximo 1,5 hectare de silvicultura, mediante um projeto técnico da Emater/RS-Ascar, que passa a prestar assistência continuada durante todo o ciclo florestal. Mas como forma de controle, transcorridos oito meses após o plantio, é elaborado um laudo técnico para comprovar a sobrevivência das mudas e sendo constatada mortalidade superior a 30% ocorre a exclusão do beneficiário ao programa.

É de se destacar a importância da persistência do Programa neste município, que possibilita aproveitamento preferencial de espaços dos estabelecimentos rurais não aptos para a produção de grãos, ampliando ano após ano as áreas de silvicultura (algumas delas consorciadas com a bovinocultura), enquanto nos municípios vizinhos e em outras regiões do Estado prossegue acelerada a eliminação de áreas de silvicultura para a abertura de novas lavouras, principalmente de soja, avalia a chefe do Escritório da Emater/RS-Asar de Agudo, Cláudia Bernardini. Para ela, a previsível redução na oferta de madeira no futuro colocará os produtores rurais do município em situação de vantagem face à possível valorização dos produtos florestais, o que torna o Florestar Agudo uma política estratégica para o desenvolvimento, tornando Agudo referência em termos de políticas públicas municipais que apoiam o setor agropecuário.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.