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Exportações de tabaco aumentam com embarques atrasados

Demanda oriunda da China represada do ano passado fez vendas externas dispararem no primeiro quadrimestre


Embarques represados do ano passado levaram a um aumento significativo nas exportações de tabaco brasileiro no primeiro quadrimestre deste ano. Conforme dados do Ministério da Economia, as vendas externas de fumo em folha aumentaram 25,5% em volume na comparação com o mesmo período de 2018.

Na prática, o aumento representa cerca de 32,4 mil toneladas embarcadas a mais. Já em valor, o crescimento registrado foi de 15,7% – em torno de US$ 88,8 milhões a mais, embora o preço médio da tonelada tenha sido menor. Com isso, a participação do tabaco na receita total obtida pelo País com as exportações de produtos básicos no período passou de 1,65% para 1,81% – foi o décimo produto mais exportado nessa categoria, que não inclui os manufaturados e semimanufaturados.

A maior parte dessa demanda partiu da China, principal importador de produtos brasileiros. Os embarques para o país asiático cresceram nada menos que 742% entre janeiro e abril em relação ao ano passado. Ao todo, foram embarcados cerca de US$ 135,8 milhões, ante apenas R$ 16,1 milhões em 2018. Com isso, o tabaco foi o nono produto da pauta de exportação com a China no período.

Tradicionalmente, os embarques para a China ocorrem entre agosto e dezembro, tão logo é concluído o beneficiamento da safra. Segundo fontes do setor de tabaco ouvidas pela Gazeta do Sul, porém, no ano passado a maior parte deles embarques não aconteceu em razão de problemas logísticos, como falta de disponibilidade de contêineres e slots (espaços em navios). Com isso, os embarques acabaram ocorrendo somente depois da virada do ano. “Esse aumento se deve muito mais a um impacto logístico do que a alguma movimentação no setor”, explica um executivo. A avaliação foi confirmada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), por intermédio da sua assessoria de imprensa.

Os números do Ministério da Economia também indicam um crescimento nas exportações de cigarros fabricados no Brasil no primeiro quadrimestre, que movimentaram US$ 4,6 milhões – cerca de 2,59% a mais do que no mesmo período do ano passado.  O volume embarcado, no entanto, teve um ligeiro recuo, o que significa que as cigarreiras conseguiram vender o produto por preços melhores do que no último ano.

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