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RS: herbário inicia digitalização para integrar banco mundial

O herbário da Secretaria foi iniciado em 1947 como uma ferramenta para o estudo de pastagens


Foto: Fernando Dias/Seapdr

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural conta com um herbário especializado em agrostologia, o ramo da botânica que estuda plantas forrageiras, utilizadas para alimentação animal. Cadastrado desde 1954 no catálogo internacional Index Herbariorum com o nome de Brazilian Laboratory of Agrostology (BLA), o herbário da Seapdr está passando por um processo de digitalização de seus 20 mil exemplares, para disponibilizá-los no SpeciesLink, um banco de dados online com informações sobre coleções de espécies vegetais, animais e fungos. O herbário faz parte do Projeto Herbário Virtual da Flora e dos Fungos do Brasil, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), uma rede que integra os herbários brasileiros e também algumas coleções do exterior.

“Esta ação é muito importante para termos esses dados acessíveis a todos, na internet, e ampliar o conhecimento sobre nosso patrimônio vegetal”, afirma o secretário Covatti Filho.

A catalogação do acervo começou há dois anos, com a digitação e divulgação dos dados em planilhas no SpeciesLink. “Esta catalogação está em quase 90%. Os dados disponibilizados no site já têm mais de 2 milhões de visualizações e quase 1 milhão de downloads”, comemora Gilson.Por meio deste projeto, o Herbário está começando, agora, a digitalizar imagens das exsicatas, que são as plantas secas presas em papel cartão com etiqueta que identifica a espécie, quem a coletou, o local e a data. O trabalho está sendo feito em parceria com a UFRGS, que possui o equipamento adequado para fazer as fotos do material. “Neste momento, estamos priorizando as 64 exsicatas que são uma caracterização de uma espécie nova, são o primeiro registro daquelas espécies. Depois, a intenção é digitalizar o restante dos exemplares”, conta Gilson Schlindwein, curador do Herbário.

Coleções de herbário são importantes no campo científico como uma consulta de referência sobre espécies. “O primeiro passo para qualquer estudo científico é ter a identificação precisa da espécie que você está trabalhando, e é nisso que o herbário contribui, com o registro e caracterização dessas plantas. Muitas plantas que têm aqui hoje de testemunho, não existem mais no campo. Há plantas extintas localmente e algumas em vias de extinção também, então se não houvesse o registro, essa informação se perderia”, explica o curador.

O herbário da Secretaria foi iniciado em 1947 como uma ferramenta para o estudo de pastagens, catalogando plantas exóticas para a introdução de espécies de outros países na implantação das primeiras pastagens no Rio Grande do Sul. Posteriormente, começaram os estudos sobre o potencial das forrageiras nativas. “Basicamente, mais de 80% do acervo é de gramíneas, muitas do bioma Pampa”, detalha Gilson.

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