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Comercialização do tabaco da atual safra atinge os 50% no município

Comercialização do tabaco da Safra 2018/19 está em pleno andamento


A comercialização do tabaco da Safra 2018/19 está em pleno andamento. Mas na propriedade dos fumicultores ainda tem muito tabaco estocado e a estimativa é que o até o momento, em torno de 45% foram comercializados nos três estados do Sul. Na região do Vale do Rio Pardo, a estimativa é de 50% comercializados. Os dados são da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra)

Com um total de 140 mil pés que plantou na atual safra, o casal Juliano Pereira e Cíntia da Rosa, morador de Vila Estância Nova, tem a expectativa de colher aproximadamente 1,7 mil arrobas, das quais já comercializou em torno de 1 mil arrobas. As vendas, segundo Pereira, estão dentro das expectativas, porém, defende que poderiam ser melhores, principalmente na questão do preço. Como é integrado de três tabacaleiras, o fumicultor afirma que comercializa conforme a procura e necessidade de cada uma e, com isso, consegue vendas e preços mais satisfatórios.

Satisfação

A cada safra, a Afubra realiza um trabalho de pesquisa de satisfação junto aos fumicultores e, segundo o gerente técnico, Paulo Vicente Ogliari, até o momento, já soma mais de 1.060 o número de fumicultores vistados. Ogliari observa que a pesquisa mostra que a satisfação não é igual à safra passada. 'A qualidade pode ser um pouco superior, porém, o rigor das empresas está mais elevado. A insatisfação é maior em detrimento da baixa remuneração que os produtores vêm recebendo pelo produto', salienta.

Pereira coloca que não pode se queixar da qualidade do seu tabaco, que é superior ao da safra passada e que isso também influi numa remuneração melhor. 'Mesmo assim, a compra poderia ser melhor porque temos despesas e investimentos feitos para pagar, e, ainda, temos todo o ano para viver com a renda do tabaco, sem falar que precisamos manter a propriedade', observa. Entre os investimentos efetuados por Pereira, está a máquina de colher tabaco, que adquiriu no segundo semestre do ano passado.

Próxima safra

Pereira ainda não está totalmente decidido, mas antecipa que para a próxima safra, tenciona reduzir em 40 mil a quantidade que vai plantar, pois para isso, precisa arrendar uma área de terras. Ele frisa que plantando uma quantia menor, consegue produzir um produto com uma qualidade ainda melhor e vai reduzir o custo de produção, pois não precisa comprar tantos insumos, lenha para a cura e secagem e nem dispender muita mão de obra.

Em termos de três estados do Sul, Ogliari estima que a perspectiva para a próxima safra é manter a mesma área, podendo até ser reduzida. 'Cada produtor produz o que bem entender, mas o mercado está reduzindo, o consumo de cigarro está diminuindo, as empresas estão investindo em altas tecnologias e isto faz com que o fumicultor tenha uma produtividade maior e todos sabem que quando há uma oferta maior que a procura, acarreta no preço e o produtor acaba vendendo por um valor menor, o que traz a insatisfação', observa. Ogliari acredita que a área da próxima safra deverá ser semelhante às anteriores.

Granizo

No tocante à incidência de granizo nesta safra, Ogliari informa que o número de produtores atendidos fica abaixo da sara anterior. Foram atingidos 22.041 fumicultores contra os 25.377 da safra anterior. 'Porém, em termos de valores isto se inverte. Na safra passada foram R$ 99,5 milhões e nesta safra somam R$ 108,3 milhões as indenizações, pois atingiu muitas lavouras onde o tabaco estava no auge do desenvolvimento', observa.

  • 50% é o índice de comercialização na região do Vale do Rio Pardo.
  • 685 mil toneladas é a estimativa de do volume total de tabaco a ser produzido na Safra 2018/19. Total será menor em relação à safra passada.
  • 691 mil toneladas é o total produzido na Safra 2017/18 nos três estados do Sul do Brasil.
  • 306 mil hectares é a área total que o tabaco ocupou na atual safra.
  • 297 mil hectares é a área ocupada pela cultura na Safra 2017/18.
  • 2.306 quilos foi o rendimento por hectare no ano passado.
  • 2.260 quilos é a média do rendimento nesta safra. Está menor por causa de problemas climáticos.

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