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Cisternas: uma opção sustentável para propriedades rurais e urbanas

A construção de cisternas é uma alternativa sustentável para as propriedades rurais


Foto: Divulgação

A construção de cisternas é uma alternativa sustentável para as propriedades rurais e urbanas para o armazenamento e reaproveitamento da água da chuva. Por meio da captação da água vinda dos telhados o sistema permite a utilização da água para fins não potáveis como hortas, limpezas de calçadas e sanitários.

A extensionista rural social da Emater/RS-Ascar Ana Claudia Miotto explica que as cisternas podem ser de diferentes tamanhos e construídas com diversos materiais. "Podem ser grandes estruturas, com um alto volume de armazenamento, ou modelos menores, que ocupam pouco espaço. No interior, para uso agrícola, por exemplo, temos opções escavadas e revestidas de geomembrana, opções em concreto armado ou caixas de água de volumes maiores em que, através de calhas instaladas nas residências, galpões ou até mesmo em estufas de produção de verduras, a água da chuva é direcionada, captada e armazenada", explica.

Já para os usos domésticos ou para quem não dispõe de muito espaço a extensionista explica que as cisternas podem ser feitas com bombonas plásticas adaptadas. "É importante salientar que é necessária a instalação de um filtro para retirar as impurezas vindas do telhado como galhos e folhas. O filtro é simples, consiste dois pedaços de tubos de PVC encaixados um dentro do outro com uma tela de mosquiteiro entre os dois tubos, inclinada aproximadamente 45° e uma abertura lateral para descarte das sujeiras. As sujeiras mais finas, vão para o segundo estagio do sistema de aproveitamento de água", explica.

A família do agricultor Vitorino Marodin, da localidade de Várzea dos Camargos, interior de Passo do Sobrado, construiu três cisternas, sendo cada uma com capacidade de 50 mil litros de água. As estruturas são feitas com um anel de ferro e revestida com plástico. A família também cobriu a estrutura com plástico para evitar a evaporação da água e a entrada de sujeira. "São vários os benefícios. Ele é de fácil construção e de custo baixo. Captamos a água das calhas das estufas. Também possibilita a reciclagem da água da chuva que é muito limpa se comparada ao açude, não tem contaminantes mesmo não sendo uma água tratada. Outro fator é o custo baixo posterior à instalação porque não precisa de bomba e eletricidade para irrigar, ela cai por gravidade e desta forma vai pelo sistema de irrigação para as estufas", avalia o agricultor. Com a água armazenada nas estruturas a família irriga as estufas que totalizam uma área de 3.500 metros quadrados onde são cultivadas hortaliças como tomate e pimentão.

Além de economizar água encanada e tratada, a cisterna armazena a água da chuva e possibilita a sua reutilização em variadas formas. "Nesse período de estiagem que novamente atinge nosso município, criar estratégias para armazenar a água da chuva é importante tanto para a economia das famílias como uma forma de amenizar os danos às plantações", pondera Ana Claudia.

Vitorino concorda com a extensionista. Com as cisternas a família possui uma autonomia de 15 a 20 dias sem chuva, dependendo do volume de produção. "Além da reciclagem, não há desperdício de água. Utilizamos o gotejamento para irrigação e o meio ambiente agradece. É baixo custo de investimento e também para o uso e que faz falta nos períodos de seca".

Para definir qual a melhor estrutura para as propriedades, as famílias interessadas na construção de cisternas tanto do meio rural quanto urbano, podem procurar o escritório da Emater/RS-Ascar e elaborar o projeto com a equipe de extensionistas rurais.
 

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