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RS: geleia e suco são opções de receitas no auge da safra de goiaba

Conheça os benefícios da fruta, que pode ser colhida até pelas ruas e praças da cidade


Foto: Eliza Maliszewski

Quem anda por ruas, avenidas e praças de Santa Cruz do Sul de forma apressada pode não reparar, mas as árvores frutíferas estão por todo lugar. São abacateiros, pereiras, amoreiras, caquizeiros, jabuticabeiras, goiabeiras e outras espécies.

As goiabas, por sua vez, estão no auge da colheita e chamam mais atenção. Com os pés carregados, muitas acabam caindo sobre as calçadas. A fruta é rica em vitamina A e C, é muito usada na produção de bebidas, doces e geleias e consumida in natura.

O comerciante Hélio Schmidt, 66 anos, que mora na esquina da Rua Garibaldi com a Andrade Neves, no Bairro Universitário, sabe bem disso. Em frente ao seu estabelecimento há um pé de goiabas plantado há mais de 20 anos por seu pai, Valdemar Schmidt, já falecido.

Além de servir como fonte de alimento para os pássaros, a fruta é consumida por aqueles que passam pelo local e a desfrutam a custo zero. “Gosto muito de saborear ela in natura, mas outras pessoas que passam a apanham para fazer doce e geleia. No entanto, são poucos que colhem, porque a árvore é muito alta e é difícil de pegar. Mas é aquela coisa, quem quer sempre dá um jeito”, conta.

De acordo com a Emater-RS/Ascar, embora não se tenha dados de quantos cultivam a fruta em Santa Cruz do Sul para consumo próprio, o maior produtor encontra-se em Cerro Alegre Alto.

Dos 6,5 hectares da propriedade de Célio Rusch, 1,5 hectare é destinado à plantação de goiaba. São 300 goiabeiras da variedade taluna. A espécie, que é mais tardia do que a comum, deverá começar a ser colhida nos próximos 30 dias. A estimativa de produção é de aproximadamente 20 toneladas.

O extensionista rural Marcelo Cassol explica que a fruticultura na região foi favorecida pelo clima dos últimos períodos. “As melhores condições, com sol pleno, temperatura amena e chuva na hora certa, favoreceram a qualidade da goiaba e também de outras frutas. Além disso, reduziu-se a incidência de pragas”, comenta.

Cassol observa que um manejo adequado contribui para que os resultados sejam positivos. “O ideal é fazer podas na planta. As duas primeiras garantem que a árvore fique com um formato em que os galhos crescem para os lados. Assim, os pés ficam com cerca de 2 metros de altura, o que facilita o manejo e a colheita da fruta”, explica.

“Tem também a poda de produção, que é muito importante para produzir goiaba várias vezes ao ano, e não somente no verão, a época normal de colheita da fruta. A maneira de fazê-lo nem sempre é a mesma; no inverno poda-se de um jeito e no verão de outro”, indica. A poda da goiabeira deve ser feita a cada dois meses.

Fonte de fibras

Rica em licopeno e vitaminas, além de antioxidantes, a goiaba pode ajudar na saúde da pele, do intestino e na melhora da digestão, além de ser aliada no combate a alguns tipos de câncer. Segundo a nutricionista Carolina Klein, especialista em alergia alimentar, nutrição oncológica e modulação intestinal, a fruta é fonte de fibras.

“É na casca que está a maior concentração de fibra solúvel (pectina), que ajuda no controle dos níveis de glicose e colesterol. Além disso, garante um bom trânsito intestinal”, destaca.

Sobre os riscos de poluição das frutas que são colhidas na área urbana, perto da circulação de veículos, ela esclarece que o ideal é fazer uma boa higienização antes de consumir.

“Se for comer, é preferível que seja orgânica, pois tem mais nutrientes e é livre de agrotóxicos. No caso da exposição direta das goiabas colhidas nas ruas, em virtude de poluição, o ideal seria mesmo retirar a casca”, orienta.

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