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Estiagem afeta as mudas de tabaco

A Prefeitura confirma a situação crítica. Os prejuízos somados em diversas culturas são calculados em R$ 107 milhões


Foto: Marcel Oliveira

A estiagem tem causado contratempos em diversos municípios no Vale do Rio Pardo. Em Venâncio Aires não é diferente. A dificuldade para quem cultiva tabaco cresce a cada dia. Maristela Reuter, de 39 anos, reside em Centro Linha Brasil, com dois filhos, de oito e 17 anos. A agricultura é que garante o sustento da casa. E Maristela precisava de água para as 34 mil mudas da nova safra. Foi atendida pela Prefeitura no dia 21, após duas semanas de solicitação.

A carga de 6 mil litros, segundo ela, pode não ser suficiente para os cerca de 80 dias até o transplante. Maristela afirma nunca ter passado por essa situação. “Minha família toda é de fumicultores e uma estiagem como essa nunca aconteceu. Já solicitei uma carga para o consumo. A água do poço artesiano está no fim”, relata. De acordo com a agricultora, outras famílias retiram água de arroios e de sangas, com tratores. E, muitas vezes, precisam percorrer longas distâncias.

A Prefeitura confirma a situação crítica. Os prejuízos somados em diversas culturas são calculados em R$ 107 milhões. O abastecimento de água, por meio de um poço artesiano do Parque do Chimarrão e da própria Corsan, já atingiu 800 cargas desde o início do ano. Com isso, 420 famílias foram contempladas e outras estão na lista para que recebam nos próximos dias. As localidades de Monte Belo, Paredão Pires, Santos Filho e Linha Cipó receberam uma caixa d`água cada, que variam entre 5 mil e 7,5 mil litros. Outras 20 residências na região de Estância Nova receberam uma caixa de 500 litros cada.

Outra alternativa encontrada pelo Poder Público, em parceria com a Corsan, para diminuir o risco de falta de água na cidade foi a construção de uma barragem no Arroio Castelhano. A obra emergencial, feita de pedras e terra, além de quatro canos para uma vazão melhor da água, permitida pelo Estado e pela Fepam, facilita o trabalho das bombas de sucção da Estação de Tratamento de Água da Corsan nas imediações. A partir da homologação do decreto municipal de estiagem por parte do Estado e do governo federal, o Executivo estuda a viabilidade de aquisição de um novo veículo – que se somará a outros dois – para o transporte de água. Além disso, a partir de uma discussão fomentada pelo governo municipal com as coordenadorias das cerca de 60 redes hídricas existentes no município – que atendem mais de 11 mil pessoas no interior –, algumas famílias não associadas serão atendidas gratuitamente pelas associações.

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