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SC tem menor safra de milho da história

A estiagem e o ataque de pragas e doenças trouxeram perdas superiores a 27%


Foto: Eliza Maliszewski

Segundo o Boletim Agropecuário, divulgado pela Epagri, Santa Catarina terá a menor safra de milho da série histórica. A produção estimada em 1.8882.901,75 toneladas no ciclo 2020/21. Entre os fatores que contribuíram para esta baixa de 27% em relação à safra anterior, estão a estiagem e o ataque de pragas como a cigarrinha e doenças. São cerca de 700 mil toneladas a menos.

Considerando a safra 2016/17 (a maior produtividade do período) em relação a 2020/21 (a menor produtividade do período), observa-se uma redução da área de cultivo de 9,26% e retração da produção de 41,4%. Com esse volume produzido, Santa Catarina vai precisar importar cerca de 5,5 milhões de toneladas de milho para atender à demanda de 7,3 milhões de toneladas.

Nas últimas quatro safras mesmo mantendo a área cultivada estável em torno de 330 mil hectares, as condições climáticas têm determinado a redução do rendimento e por consequência da produção total de grãos. Cabe ressaltar que o estado possui uma demanda de 7,3 milhões de toneladas (estimativa em 2020) para suprir os setores da produção de suínos, aves e bovinos (leite e corte). Com a atual produção será necessário importar de outros estados e países cerca de 5,5 milhões de toneladas para suprimento em 2021.

Em Santa Catarina os preços do milho se mantêm em patamares elevados, com a cotação ao produtor sendo de R$ 84,98/sc na média mensal de junho. Nos demais estados, os valores estão se estabilizando, com a expectativa do período de colheita. Em função da menor disponibilidade interna do produto, as cotações devem permanecer elevadas até fim do ano, acima da média dos anos anteriores.

A Conab aponta no relatório de junho para uma redução de 9% da produção nacional de milho em relação à safra anterior. A produção esperada de 96,39 milhões de toneladas no mês anterior foi reduzida para 93,38 MT no relatório de julho. O consumo interno permanece em 72 milhões de toneladas. O suprimento interno poderá estar comprometido se os volumes de exportações superarem a 30 milhões de toneladas no ano. 

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