Plantio de tabaco será menor na próxima safra
Preço pago ao produtor aumenta no final da safra mas não animou
Dados apresentados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostram que o preço do tabaco melhorou no final da safra mas não animou os produtores que devem reduzir a área plantada no ciclo 2021/22 e muitos outros devem abandonar a cultura.
Para a safra 2020/21 a estimativa é de uma produção de 283.479 toneladas, em uma área de 123.257 hectares, com uma produtividade de 2.300 kg/hectare. O Rio Grande do Sul, em conjunto com Santa Catarina e Paraná, responde por 98% da produção de tabaco do país. Na região sul, vão ser colhidas 631.651 toneladas em 273.356 hectares, com uma produtividade de 2.311 kg/hectare.
O número de famílias trabalhando na atividade reduziu 3,39%. Nesta safra, foram 70.997 famílias. Nos três estados do Sul, a queda foi maior, de 6,02%, totalizando 137.618 na safra 2020/2021, contra 146.430 famílias na safra 2019/2020.
Já os preços pagos ao produtor gaúcho aumentaram em todas as variedades de tabaco nesta safra em relação à safra passada.
- Variedade Virgínia: R$ 10,32/kg nesta safra contra R$ 8,82 na safra passada, aumento de 17,01%.
- Variedade Burley: R$ 9,97/kg nesta safra contra R$ 8,11 em 2019/2020, aumento de 22,93%.
- Variedade Comum: R$ 7,51/kg nesta safra contra R$ 6,29 na safra passada, aumento de 19,4%.
Já a previsão para a próxima safra é de redução no número de pés plantados no Rio Grande do Sul: 9,7% na variedade Virgínia, 12,75% na Burley e 12,7% na Comum. “Talvez esta redução no plantio acabe não sendo tão significativa, porque o preço pago ao produtor no final da safra foi muito bom. Os produtores prejudicados foram aqueles que comercializaram no cedo”, afirma o novo coordenador eleito na reunião da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, que faz parte da Diretoria da Afubra.