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SC vai investir R$ 500 mil contra cigarrinha

Programa fará monitoramento constante nas lavouras do Estado


Foto: Divulgação

A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)  vem causando estragos severos nas lavouras de Santa Catarina. O estado, que esperava colher 2,9 milhões de toneladas, terá uma redução de 20% na produção esperada. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), os produtores catarinenses deixarão de colher mais de 800 mil toneladas de milho, principalmente nas regiões de Chapecó e São Miguel do Oeste.

VÍDEO - Os males da cigarrinha do milho

O inseto já esteve presente nos milharais catarinenses em outros períodos, porém em baixas populações ou taxas de incidência. O que aconteceu na última safra foi que as condições ambientais favoreceram a sobrevivência do milho voluntário (conhecido como tiguera) nas regiões de menor altitude e encostas de rios. Há possibilidade ainda de ter acontecido um fluxo de populações migrantes de outras regiões de cultivo para Santa Catarina.

Para combater o problema a Secretaria da Agricultura anunciou o investimento de R$ 568,4 mil no Programa Monitora Milho SC, focado em pesquisa, desenvolvimento e inovação que minimizem as perdas e evitem o mesmo cenário na próxima safra.

"Nós precisamos nos preparar, utilizando todas as ferramentas disponíveis e em conjunto com o setor produtivo, para evitarmos novos danos em nossas lavouras. O Programa Monitora Milho SC atuará em diversas frentes, desde a pesquisa científica, até a orientação e emissão de alertas para produtores rurais. É uma medida urgente", destaca o secretário da Agricultura Altair Silva.

O programa irá delimitar a presença da cigarrinha-do-milho nas lavouras catarinenses, com o monitoramento constante e a melhoria da comunicação com produtores. A intenção é criar mecanismos para tornar possível a comunicação dos órgãos de defesa sempre que houver sintomas de enfezamento em suas áreas, além de receber alertas quando houver ocorrência de cigarrinha na região. A expectativa é observar 20 pontos em todo o estado.

"Teremos um grande avanço no combate à cigarrinha e outras pragas do milho em Santa Catarina. Nós temos a necessidade de acompanhar a evolução da praga no estado, delimitar a sua ação e monitorá-la. Precisamos saber onde a praga está, como ela está e como ela se propaga dentro do nosso território e, com base nessas informações, podemos definir as estratégias para combatê-la. A partir desses dados poderemos fazer a prevenção e o controle, além de racionalizar o uso de defensivos", explica o secretário adjunto Ricardo Miotto.

Os recursos de meio milhão de reais serão repassados à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que trabalhará em conjunto com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), para o desenvolvimento de ferramentas de acompanhamento das lavouras, da evolução da cigarrinha e de formas adequadas para conscientização dos produtores rurais.
 

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