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Frio deve chegar mais cedo ao Sul

Nos próximos meses persiste a atuação da La Niña


Foto: Arquivo

Segundo boletim da Epagri/Ciram, com previsão do tempo para março, abril e maio, mostra que o Sul deve ter o frio chegando mais cedo. Nos meses de abril e maio, devido à chegada de massas de ar frio mais intensas, com formação de geada ampla, atingindo mais regiões.

Em Santa Catarina, depois de um verão chuvoso, o outono deve ter chuvas abaixo da média. Em março diminuem as chuvas de verão principalmente a partir da segunda quinzena e as frentes frias chegam com mais frequência ao Sul do Brasil, sendo responsáveis pela maior parte da chuva em Santa Catarina, com média mensal variando de 100 a 130 mm do Oeste ao Planalto e variando de 150 a 210 mm no Litoral do Estado. Em abril e maio, a chuva diminui ainda mais e a média mensal fica em torno de 100 a 170 mm, no Estado.

A partir de março ciclones extratropicais atuam com mais frequência no litoral do Uruguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, provocando vento intenso, mar agitado com ressaca e perigo para a navegação no litoral catarinense.
Apesar do frio começar mais cedo, também são esperados dias consecutivos de temperatura elevada (acima de 30ºC), especialmente no mês de maio, caracterizando os veranicos. 

Nos próximos meses persiste a atuação da La Niña, com enfraquecimento do fenômeno durante os meses de outono. Segundo o boletim da NOAA há chance de retorno do fenômeno a partir do trimestre agosto-setembro-outubro.

No Rio Grande do Sul o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) projetou chuva fica abaixo da média durante o próximo trimestre. Para abril a temperatura máxima permanecerá mais elevada que o normal no oeste. A temperatura mínima permanecerá dentro do normal com uma queda mais acentuada em meados do mês, ainda sem condições para trazer geadas abrangentes. Em maio, as simulações mostram uma sequência de ondas de frio entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de junho gerando as temperaturas mais baixas do ano na Região Sul.

Segundo o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado, do Climaterra, temperaturas mais baixas que o normal podem atrapalhar culturas como a soja, o feijão e hortaliças “A tendência é que ele comece um pouco mais cedo do que o normal, ou, pelo menos, na comparação com o ano anterior, e poderá ter mais ondas de frio intenso do que em 2020 e 2019”. 


 

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