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Feijão tem valorização em SC; milho, soja e trigo queda 

Preço do milho recuou 4,7% em dezembro em relação ao mês anterior


Foto: Pixabay

A elevação dos preços pagos ao produtor de feijão se contrapõe à queda de valores no milho, soja e trigo em Santa Catarina, conforme o boletim agropecuário de janeiro. O estudo é emitido mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) com a análise das principais cadeias produtivas agrícolas catarinenses.

Em dezembro, os produtores de feijão-preto em Santa Catarina receberam valores 96,14% maiores do que os praticados no mesmo mês do ano anterior. Em relação a novembro, a elevação foi de 3,82%. No caso do feijão-carioca, o preço médio mensal pago aos produtores de em dezembro teve aumento de 1,75% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2019, o preço do feijão-carioca valorizou cerca de 39%.

Já o preço do milho recuou 4,7% em dezembro em relação ao mês anterior, com valor de R$71,57 pela saca de 60kg. No entanto, em janeiro o movimento de alta já está sendo retomado. A tendência é de sustentação dos preços no primeiro semestre no mercado interno, com demanda interna aquecida em função das exportações de carnes e demanda interna. Em função da estiagem, a safra segue com maiores perdas no Oeste. No Planaltos Sul e Norte a safra se encontra em bom desenvolvimento com o retorno das chuvas regulares desde novembro.

Após cinco meses de altas consecutivas, os preços da soja apresentaram recuo de 9,9% em dezembro frente a novembro. Mesmo assim, em 2020 a alta nos preços foi de 44,5%, batendo recordes nominais e em valores corrigidos desde 2014. A estimativa atual indica o cultivo de 660,24 mil hectares de soja no estado na primeira safra, com produção estimada de 2,31 milhões de toneladas. Houve atraso no plantio com a estiagem de setembro e outubro, no entanto, após o retorno das chuvas de maneira mais regular, as lavouras estão com bom desenvolvimento, indicando uma boa safra, considerando as condições adversas no início da implantação.

Os levantamentos da Epagri/Cepa mostram que o preço médio pago ao produtor de trigo catarinense caiu 10,68%, em dezembro. Com o fim da colheita, muitos compradores estão atentos, na expectativa de que os preços fiquem mais atrativos. Mesmo com a baixa procura dos compradores, os preços se mantiveram em patamares superiores aos praticados na temporada passada. Em termos nominais, no mercado catarinense esse valor é cerca de 67,7% superior ao que foi pago no mesmo período do ano passado.

Os preços do arroz iniciaram trajetória de queda. O início da colheita e aumento das importações no último mês de 2020 são algumas das explicações para este comportamento. O andamento da safra segue ritmo normal e a expectativa é de safra sem prejuízos significativos.
 

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