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Ozônio diminui em 92,9% mortalidade de suínos

Ainda foi possível registrar uma redução de 81% nas diarreias dos animais


Foto: Divulgação

O uso de ozônio no tratamento da água dos leitões reduziu as mortes em 92,9% em uma granja de Santa Catarina. A taxa caiu 40 dias após a adoção da solução. Antes o tratamento da água era feito da forma convencional por meio do cloro e controladores de pH.
A capacidade do ozônio para desinfecção da água foi descoberta em 1886. Basicamente, o que diferencia o ozônio dos diversos agentes desinfetantes, é o seu mecanismo de destruição dos microrganismos. O cloro por exemplo, atua por difusão através da parede celular, para então agir sobre os elementos vitais no interior da célula, como enzimas, proteínas, DNA e RNA. O ozônio, por ser mais oxidante, age diretamente na parede celular, causando sua ruptura, demandando menor tempo de contato e tornando impossível sua reativação. Dependendo do tipo de microrganismo, o ozônio pode ser até 3.125 vezes mais rápido que o cloro na inativação celular.

Segundo Francelino Ribeiro, empresário do grupo familiar que administra a granja, “assim que as mortes foram diminuindo, concluímos que a grande culpada era a água que estávamos entregando para a nossa produção”, destaca.

A empresa responsável por produzir o sistema de tratamento da água com ozônio foi a Panozon Ambiental S/A. “Esta é uma aplicação com resultados muito expressivos pois traz uma enorme redução na mortalidade dos animais e também no uso de remédios, resultando em ganhos financeiros expressivos para o cliente”, conta Carlos Heise, CEO do grupo.

Ainda foi possível registrar uma redução de 81% nas diarreias dos animais. De acordo com Ribeiro, por consequência, houve uma menor necessidade de comprar antibióticos. A diminuição registrada na compra desses remédios foi de 33%. “Ela (diarreia) não faz mais parte da nossa rotina”, conta Ribeiro.

Criada há dois anos, a função da granja de Ribeiro é receber e inseminar as leitoas. Posteriormente, suas crias são passadas adiantes para as “creches”, onde os animais são criados ao longo dos anos. Atualmente eles contam com 1700 matrizes em suas duas instalações. Ribeiro conta que no início da produção, as leitoas tinham um ciclo de natalidade que girava em torno de 2.800 a 2.900 crias, mas com a utilização do ozônio ocorreu um aumento para 3.000 a 3.300 leitões nascidos.

“A empresa tem investido fortemente no mercado de agronegócios pois vemos grandes oportunidades para uso do ozônio no auxílio do tratamento da água, ar e superfícies, garantindo uma maior desinfecção e, consequentemente, maior eficiência nos processos produtivos do setor” diz Heise. 

O ozônio é frequentemente usado no tratamento de água, de água de processo e de efluentes para desinfecção nos processos de lavagem (lavagem de frutas, legumes e verduras), desinfecção de piscinas, desinfecção de sistemas de lavagem de garrafas, remoção de ferro e manganês, melhoria de gosto e odor, eliminação de limo e depósitos em tubos, trocadores de calor, conexões. “Ainda estamos criando a cultura do ozônio nesse mercado, pois muitos produtores não sabem que têm problemas que podem ser solucionados com essa tecnologia”.
 

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