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SC tem potencial para crescer em ovinos de corte

Estado é o maior importador nacional de carne de cordeiro


Foto: Divulgação

Santa Catarina é o maior importador nacional de carne de cordeiro e conta com espaço e demanda para ampliar a produção. Segundo  presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, falta produto para atender a demanda no Brasil. “Temos boas oportunidades de mercado para o segmento e buscamos fomentar essa cadeia produtiva e aumentar a oferta dessa proteína que vem sendo cada vez mais apreciada no mundo da gastronomia”, destaca.

Baseado nessa oportunidade a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em ovinocultura de corte do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado FAESC, busca desenvolver a atividade em várias regiões do Estado. Atualmente são atendidos 11 grupos de 330 produtores.

O objetivo é acompanhar a produção, auxiliar os produtores no trabalho de campo e orientá-los no gerenciamento das atividades e na gestão dos negócios. No manejo, a ATeG trabalha questões como: nutrição, sanidade, boas práticas agropecuárias, adubação e manejo de pastagens, planejamento forrageiro, manejo reprodutivo, cuidados com cordeiros e creep feeding - sistema utilizado para aumentar o ganho de peso dos cordeiros.

O programa surgiu em 2016 e já atendeu 590 produtores. O técnico auxilia o produtor a levantar os dados gerenciais da propriedade, analisar indicadores de desempenho e identificar gargalos e melhorias a serem implementadas para obter maior produtividade e lucro. O programa também realiza oficinas, seminários e dias de campo. “Percebemos uma evolução expressiva tanto na gestão quanto no manejo, o que contribuiu para promover o fortalecimento da atividade”, diz a coordenadora estadual da ATeG em Santa Catarina, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes.

Na prática

Adelar Sérgio de Brito, de Concórdia (SC), atua na produção de suínos e na agricultura praticamente desde a infância, quando ajudava seus pais. Há cerca de 10 anos, ele decidiu investir também na ovinocultura de corte. Atualmente contabiliza um plantel completo de 140 ovelhas, sendo 80 matrizes.

Brito e a esposa Elizete trabalham com raças cruzadas, Dorper, Santa Inês e Texel. A comercialização é feita para supermercados e um frigorífico e, segundo eles, a atividade é rentável, porém o aumento dos insumos vem trazendo algumas dificuldades. Há seis meses eles fazem parte do grupo de produtores atendidos pelo programa. Brito conta que o técnico acompanha e auxilia em muitos aspectos, como por exemplo, nas ações de melhoria das pastagens, na medicação correta, na avaliação dos custos de produção e na gestão como um todo. “O bom é que na prática o programa ajuda a trabalhar de forma mais organizada e a profissionalizar ainda mais nossa atividade”, observa o produtor ao comentar que, em apenas seis meses de programa, já percebe melhorias significativas.

Nesse momento são desenvolvidas na propriedade atividades para a formação das pastagens anuais de inverno. “Também estamos trabalhando com o calendário sanitário, realizando vacinas, e vamos atuar com a parte de melhoramento genético. O produtor poderá agregar renda com animais de genética apurada na raça Dorper”, detalha o técnico de campo do SENAR/SC, Lucas Dalle Laste Dacampo.
 

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