SC tem 123 municípios com registros de ataques por javalis
Além dos prejuízos nas lavouras, a maior ameaça é sanitária
A proliferação de javalis (Sus scrofa), listados entre as 100 "piores" espécies exóticas invasoras do mundo pela União Internacional de Conservação da Natureza (GISD, 2010), é uma preocupação recorrente dos produtores rurais em Santa Catarina. Em 2020, as regiões da Serra e Meio Oeste concentram os principais relatos de prejuízos do setor agrícola, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC). Não há estimativas oficiais, mas, calcula-se que circulam 8 mil animais em território catarinense.
Em Santa Catarina, os municípios de Braço do Norte, Itá e Seara foram classificados com prioridade extremamente alta, muito alta e alta para a prevenção da ocorrência de javalis em mais de um aspecto (ambiental, socioeconômico ou sanitário).
De acordo com os dados divulgados pela FAESC, no controle populacional da espécie, a preocupação maior no Estado nos três aspectos é justamente nos municípios do Meio Oeste e Serra: Abdon Batista, Campos Novos, São Joaquim, Urubici e Zortéa, conforme relatório do IBAMA.
Além dos prejuízos nas lavouras, a maior ameaça é sanitária. O contato entre criações domésticas e comerciais com populações de vida livre tem especial importância quando se trata de doenças transfronteiriças, de notificação oficial internacional e que podem resultar em restrições ao comércio internacional, como Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA), doenças das quais o Estado é livre.