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Cooperativas impulsionam a produção agropecuária de Santa Catarina

Cultura do feijão também teve participação expressiva das cooperativas


As cooperativas catarinenses do ramo agropecuário foram responsáveis, em 2017, por mais da metade da produção de soja, feijão, arroz, milho e suínos de Santa Catarina. É o que revela um comparativo entre dados do Censo Agropecuário de 2017, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), no mesmo ano. As 51 cooperativas do ramo, por exemplo, contribuíram com 76,59% (1,4 milhão de toneladas) da produção total da soja, destaque na lavoura temporária do Estado em 2017 com 1,9 milhão de toneladas produzidas. 

A cultura do feijão também teve participação expressiva das cooperativas, que foram responsáveis por 87% da produção total, ou seja, 88.483 toneladas das mais 100 mil toneladas do Estado. Em 2017, os agricultores catarinenses ainda produziram 921.634 toneladas de arroz e as cooperativas produziram 66% do total, o equivalente a mais de 607 mil toneladas. 

Para o presidente da OCESC, Luiz Vicente Suzin, os dados evidenciam a importância das cooperativas para a economia e para a vida da população catarinense. “Em um ano marcado pela crise econômica, estes números mostram a força do cooperativismo catarinense, tido como exemplo no País, e demonstram o resultado de uma atuação técnica e qualificada das cooperativas agropecuárias. Esse trabalho contribui para movimentar a economia, gerando renda, impostos e empregos”, finaliza Suzin. 

O Censo revelou que, em 2017, Santa Catarina tinha o 9º maior faturamento do País no setor agrícola. Dados da OCESC referentes ao cooperativismo no Estado no mesmo ano mostraram que as cooperativas agropecuárias reuniram 71.771 cooperados, empregando cerca de 40 mil pessoas. Ainda segundo a Organização, as cooperativas agropecuárias tiveram R$ 20,2 bilhões de receitas, gerando mais de R$ 1,3 bilhões em impostos.

PECUÁRIA É DESTAQUE

Santa Catarina também se destacou na pecuária, tendo produzido o maior número de suínos do País em 2017: 8,4 milhões de cabeças. As cooperativas foram responsáveis pela produção de mais de 5,6 milhões de cabeças, ou seja, 66,51% do total. No período analisado pelo Censo, Santa Catarina ainda foi o quarto maior produtor de leite do Brasil, com cerca de 2,81 bilhões de litros. Deste total, as cooperativas produziram 18,6%, com 523,4 milhões de litros. 

Os dados da produção de milho impactam diretamente na pecuária do Estado. Segundo a Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, pesquisa realizada pela Epagri, 96,4% da demanda do grão destina-se ao consumo animal. Destes, 84,3% torna-se alimento de suínos e frangos de corte e o restante vai para galinhas poedeiras, perus e bovinos. 

O Censo Agropecuário mostrou que a produção do grão chegou a cerca de 3 milhões de toneladas em 2017. Com 1,9 milhões de toneladas, as cooperativas foram responsáveis por 65% da produção total. No entanto, o Estado ainda não consegue suprir toda a demanda. Segundo o estudo da Epagri, Santa Catarina teve que importar mais de 3,31 milhões de toneladas de outros Estados do País e 181,49 mil toneladas de países como Argentina e Paraguai. 

SOBRE O CENSO AGROPECUÁRIO

Com a primeira edição datada de 1920, o Censo Agropecuário é uma pesquisa nacional realizada a cada 15 anos pelo IBGE e tem o objetivo de obter informações sobre a estrutura dos setores agropecuários, florestais e aquícolas de todo o País. A pesquisa reúne informações sobre as características das propriedades, das produções e dos produtores rurais, identificando o que é produzido na lavoura, na pecuária e na agroindústria.     

A última edição do levantamento, realizada em 2017, constatou que Santa Catarina tinha 6,4 milhões de hectares de estabelecimentos agropecuários, que contemplavam 183 mil propriedades rurais. A pecuária estava presente em 46,8% dessas propriedades e a lavoura temporária em 37,6%. 

A pesquisa tem como referência o ano-safra (outubro de 2016 a setembro de 2017) e as informações demoraram mais de um ano para serem coletadas. No levantamento de 2017 foram introduzidas novas tecnologias de pesquisa, entre elas, a utilização de imagens de satélites e o uso de coordenadas do endereço e do local de abertura do questionário, possibilitando melhor cobertura do trabalho.

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