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SP: pinhão é um dos produtos no foco da PGPM-Bio

No estado de São Paulo, o pinhão é predominantemente encontrado na região da Serra da Bocaina


Foto: Marcel Oliveira

De olho no potencial de expansão da cadeia produtiva do pinhão em São Paulo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está buscando ampliar o acesso dos extrativistas deste produto à Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) no estado. Atualmente, o preço mínimo pago ao produtor está em R$ 3,49/kg.

No estado de São Paulo, o pinhão é predominantemente encontrado na região da Serra da Bocaina, próximo à fronteira com Minas Gerais e Rio de Janeiro, nos municípios de Cunha, São José do Barreiro, Areias e Ubatuba. Também é encontrado na região da Serra da Mantiqueira, em Santo Antônio do Pinhal e São José dos Campos. A safra de pinhão é finalizada basicamente em junho, sendo que a comercialização se entende de forma mais intensificada até julho, em algumas regiões. 

No município de Cunha, a coleta do pinhão é tão tradicional que se tornou tema do evento anual de maior destaque da cidade. Todo ano, normalmente em meados de abril, é realizada a Festa do Pinhão, que dinamiza a economia local e aumenta a renda dos produtores.

O pinhão entra no mercado consumidor como alimento. Pode ser feito com pinhão doces, frango ensopado, sopa, cordeiro ao molho de pinhão e diversos aperitivos. O pinhão também é consumido puro, cozido ou assado. É rico em minerais e vitaminas do complexo B, vitamina C, fósforo, cálcio, magnésio e zinco. Possui também proteínas e gorduras monoinsaturadas. 

A planta, nativa da Mata Atlântica, já foi explorada de forma predatória para uso da sua madeira e resina, o que a levou a correr risco de extinção. Atualmente, o consumo sustentável da semente do pinhão tem sido incentivado como forma de preservação da araucária e sustento para as populações que vivem nas regiões de Mata Atlântica.

Dessa forma, a Conab espera incentivar o extrativismo consciente e aquecer as economias locais por meio do acesso desses produtores à PGPM-Bio. A superintendente da Conab em São Paulo, Renata Camargo, explica que “há associações, cooperativas e extrativistas organizados, motivados e conscientes do desenvolvimento sustentável, e a PGPM-Bio é um caminho para fortalecer a produção regional e as economias locais".

PGPM-Bio – A política funciona da seguinte maneira: quando o produtor extrativista comprova a venda do seu produto por preço inferior ao mínimo fixado pelo Governo Federal, a Conab complementa o valor por meio de subvenção direta, pagando um bônus que visa à proteção do ganho mínimo do extrativista. 

A PGPM-Bio tem como objetivo fomentar a proteção ao meio ambiente, contribuir com a redução do desmatamento e garantir renda às populações que possuem formas próprias de organização social, ou seja, aquelas comunidades que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Em 2021, a PGPM-Bio prevê orçamento de R$ 25 milhões para executar em subvenção direta paga a extrativistas de todo o Brasil.

Serviço:
Preço mínimo pago ao produtor de pinhão: R$ 3,49/kg
Atendimento ao extrativista: (11) 3264-4867 / [email protected] 

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