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Projeto Campo Futuro avalia custos de produção do leite

O intuito do painel é definir um exemplo de propriedade que melhor represente a produção de leite na região


Foto: Marcel Oliveira

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizaram um painel online do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção do leite na região de Itapetininga (SP), na quinta (06).

O encontro reuniu produtores rurais e técnicos da CNA, do Cepea, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

O intuito do painel é definir um exemplo de propriedade que melhor represente a produção de leite na região, chamada de propriedade modal. No caso de Itapetininga, esse modal retratou a realidade produtiva de 450 litros/dia, ordenhados de 30 vacas em lactação, em média, ao longo do ano.

Segundo o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Gabriel Oliveira, os dados levantados apontaram que o custo que mais onera o produtor é o gasto com alimentação do rebanho, comprometendo 48% da receita da atividade. Ao todo, o Custo Operacional Efetivo (COE) da propriedade, que engloba os desembolsos que o produtor tem mensalmente, comprometeu 78% da receita total.

“Quando se adiciona os gastos com depreciação e remuneração da mão de obra familiar, notamos que a receita não é suficiente para cobrir os custos, ou seja, quando se faz necessário realizar alguma troca de máquina, equipamento ou substituir o reprodutor, por exemplo, o produtor é muitas vezes obrigado a vender alguma vaca ou novilha, comprometendo assim seu crescimento na atividade”, afirmou ele.

O diretor-tesoureiro do Sindicato Rural de Itapetininga, Décio Albino de Oliveira Júnior, aprovou o formato online do painel e destacou a importância do apoio técnico da CNA para os produtores visualizarem os custos e fazerem ajustes para aumentar a rentabilidade.

“O painel vem para ajudar o produtor a colocar na ponta do lápis todos os seus custos e enxergar onde pode ajustar mais. A partir do momento que ele começar a fazer, vai enxergar os erros e vai começar a acertar para ganhar mais. É o que a gente quer. Que o produtor ganhe mais e não saia do campo”, disse.

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