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Publicado novo Zarc para o trigo

O Zarc traz, além do calendário de semeadura, orientações para diminuir os riscos


Foto: Marcel Oliveira

O Diário Oficial da União desta quinta-feira (14) traz a publicação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura de trigo, ano-safra 2020/2021. A atualização do Zarc de trigo, ano-safra 2020/2021, levou em consideração algumas demandas propostas pelo setor produtivo ao longo do ano de 2020 e envolveram, basicamente, a inclusão dos solos tipo 1 e a reanálise dos períodos de semeadura de alguns munícipios do norte do Paraná e sul do estado de São Paulo, além de prospecção de novas áreas com aptidão tritícola na região tropical, especialmente nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, que vêm se configurando como um novo polo de expansão da triticultura.

O Zarc traz, além do calendário de semeadura, orientações como padrão mínimo admissível de tecnologia de produção e as informações técnicas aprovadas pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. Na cultura buscou-se identificar os períodos de semeadura com menor risco climático para o cultivo de trigo de sequeiro no Estado, em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) e em conformidade com o grupo da cultivar e o tipo do solo.

Nas regiões tradicionais de cultivo comercial de trigo (Triticum aestivum L.) no Brasil, os maiores riscos de perda de produção estão relacionados com geada no espigamento (região temperada), excesso de chuva/umidade elevada, que, na fase inicial de enchimento de grãos, pode dar causa a doenças de espiga de difícil controle (giberela na região temperada e brusone na região tropical) ou acarretar, no período de colheita, a perda de qualidade tecnológica dos grãos; além de deficiência hídrica e temperatura elevada (região tropical). 

Estão contempladas no Zarc de Trigo, ano-safra 2020/2021, dez unidades da Federação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais, para o sistema de sequeiros; e São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia, para o sistema irrigado.

Os maiores produtores de trigo do país são Rio Grande do Sul e Paraná, responsáveis em torno de 85,8% da produção nacional, conforme dados da Conab, divulgados em dezembro de 2020. Com a finalização da colheita do trigo nos principais estados produtores, a produção nacional estimada é de 6,183 milhões de toneladas. 

A cultura do trigo vem ganhando espaço no Planalto Central. Na safra 2020 a produção cresceu  mais de 74% em relação à anterior, passando de 6,3 mil toneladas para 11 mil toneladas. O estado tem uma das melhores produtividades do país na cultura, com 4,2 kg/ha, o dobro do Sul.
 

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