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Pesquisa avalia cultivo de melancia em renovação da cana

No Oeste Paulista, todo ano, milhares de hectares são disponibilizados para reforma de canavial


Foto: Marcel Oliveira

Uma pesquisa desenvolvida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), teve o objetivo estudar a viabilidade do cultivo de melancia em áreas de renovação de canavial com a adoção de manejo conservacionista do solo. O trabalho foi realizado na região Oeste Paulista, que abrange 96 cidades.

Nos três anos de realização das pesquisas ficou comprovado que os sistemas de preparo conservacionista do solo (plantio direto e cultivo mínimo) sobre a palha de cana-de-açúcar em áreas de renovação de canavial mantiveram produtividades iguais ou superiores ao cultivo convencional. Em ano em que as condições climáticas foram ideais para o desenvolvimento da cultura, o plantio em sistema de cultivo mínimo teve produtividade média de 70 toneladas por hectare de frutos comerciais, o que representa 45% a mais do que o cultivo em plantio direto e 25% superior ao cultivo convencional.

O cultivo mínimo consiste em se fazer uma subsolagem na linha de plantio, por meio de uma haste rompedora de solo que promove a descompactação e ruptura das camadas no subsolo, sem que haja a movimentação, facilitando a penetração das raízes da cultura na linha de plantio.

Durante a pesquisa da APTA foi observado que tanto no plantio direto quanto no convencional, na linha de plantio em profundidades abaixo de 20 cm houve redução na qualidade física do solo, com aumento da resistência a penetração e da densidade quando comparados com o cultivo mínimo. “Neste sistema mais de 50% de resíduos vegetais da cana-de-açúcar permanecem na superfície do solo. As principais vantagens foram o maior controle de plantas daninhas, o menor custo de hora/máquina, com a redução de operações agrícolas, além do melhor controle da erosão e aumentando o armazenamento de água no solo”, afirma o pesquisador da APTA, Humberto Sampaio de Araújo.

Na região do Oeste Paulista, todo ano, milhares de hectares são disponibilizados para reforma de canavial. Segundo Araújo, a inclusão de arranjos produtivos que promovam a rotação de culturas, viabiliza a utilização racional da terra, tanto para geração de produtos agroenergéticos como para a produção de alimentos, garantindo renda e manutenção da segurança alimentar.

Os pesquisadores buscam financiamento para a realização de novos estudos visando a inclusão de outros tipos de hortaliças de ciclo curto em áreas de renovação de canavial ou em reforma de pastagens, conciliando o retorno econômico com a preservação da capacidade produtiva do solo e garantindo a sustentabilidade do sistema produtivo. A pesquisa foi realizada pelo Polo Regional de Andradina da APTA em conjunto com o Instituto Agronômico (IAC). 

* informações da assessoria de imprensa

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