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Tocantins reforça ações contra mormo

De janeiro a março deste ano já foram registrados 11 casos da doença em todo o Estado


Foto: Pixabay

O Mormo é uma doença infectocontagiosa grave, causada pela bactéria Burkholderia mallei, e acomete principalmente os equídeos (cavalos, asnos e mulas). Não tem cura e os animais infectados devem ser sacrificados e cremados.

A doença está preocupando autoridades do Tocantins. Só neste ano já foram 11 casos no Estado. Com base nisso a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) suspendeu eventos equestres e aglomerações de equídeos (asininos, equinos e muares) nos municípios de Filadélfia, Nova Olinda e Taguatinga, além de estabelecer medidas restritivas em mais 11 municípios que fazem limites, por haver caso de mormo. A Portaria nº 078 foi publicada no Diário Oficial dessa quarta-feira (31), com o intuito de proteger a sanidade do plantel equídeo contra a doença e a saúde pública.

As normas são necessárias para que as equipes da Agência realizem as medidas sanitárias para contenção dos casos positivos e investigação nas áreas que fazem divisas. “Somente após a conclusão do saneamento nas propriedades rurais envolvidas no processo os locais serão liberados. O trabalho consiste na realização de exames consecutivos, num intervalo em média de 30 dias, em toda tropa dessas propriedades, para levantamento diagnóstico e a execução de outros procedimentos”, declara a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso.

Entre outras ações que são realizadas para conter a enfermidade, estão a investigação epidemiológica, incluindo avaliação da movimentação dos equídeos do estabelecimento pelo menos nos últimos 180 dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a identificar possíveis vínculos epidemiológicos; realização de eutanásia no animal positivo comprovadamente por dois exames, bem como a notificação de ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública, por se tratar de zoonose.

Os municípios limítrofes que tiveram a suspensão da ocorrência de cavalgadas, tropeadas e quaisquer eventos que promovam a aglomeração de equídeos sem autorização da instituição são: Araguaína, Pau D’Arco, Bandeirante, Colinas do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Goiatins, Palmeiras, Ponte Alta do Bom Jesus, Arraias e Aurora do Tocantins.

Embora com atendimento reduzido devido o avanço da pandemia, a Agência continua realizando as atividades e está à disposição nas suas unidades em todo o Estado, além disso, disponibiliza o 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 14h, para que os interessados tirem suas dúvidas e também denunciem o trânsito clandestino de animais, um dos principais fatores que contribui para disseminação da doença.

Para prevenir a doença, o produtor rural ao adquirir o animal deve exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) acompanhada de exames negativos da doença; participar apenas de aglomerações de equídeos fiscalizadas pela Adapec; evitar que o animal compartilhe bebedouros e comedouros, e em casos de suspeita da doença isolar o animal imediatamente e comunicar a Agência para que ela proceda os exames clínicos e laboratoriais.

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