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Aprovada 1ª cana transgênica resistente à broca

Principal praga da cultura causa perdas de R$ 5 bilhões anuais.


Foi aprovada nesta quinta-feira (08.06) primeira cana-de-açúcar geneticamente modificada com liberação comercial do mundo. A nova variedade, chamada de CTC 20 Bt, possui resistência à broca da cana (Diatraea saccharalis), principal praga que ameaça a cultura e responsável por perdas de R$ 5 bilhões anuais.

Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) com o gene Bt (Bacillus thuringiensis), a cana recebeu autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). De acordo com a avaliação do órgão regulador, a cana transgênica foi considerada segura tanto no aspecto ambiental como para a saúde humana e animal.

“A aprovação da Cana Bt por parte da CTNBio é uma grande conquista do CTC e do setor sucroenergético nacional. Além dos ganhos econômicos, o produtor poderá simplificar a logística e melhorar a gestão ambiental de suas operações”, ressaltou Gustavo Leite, presidente do CTC.

De acordo com a fabricante, o dossiê científico contendo estudos e informações técnicas sobre a cana geneticamente modificada submetido à CTNBio provam que o açúcar e etanol obtidos a partir da nova variedade são idênticos aos produtos derivados da cana convencional. Segundo essas evidências, tanto o gene Bt como a proteína são completamente eliminados nos derivados de cana-de-açúcar durante o processo de fabricação. Também não foram constatados efeitos negativos na composição do solo, biodegradabilidade ou populações de insetos, exceto às pragas alvo.

Gustavo Leite explica que “o processo de propagação é similar ao de introdução de uma variedade convencional, com a cana dos primeiros anos sendo usada para expansão da área plantada e não para a produção de açúcar e etanol. Este processo está alinhado com o cronograma de obtenção das aprovações internacionais do açúcar produzido a partir da cana GM”.

“Nos próximos anos, planejamos expandir o portfólio de variedades resistentes à broca, adaptadas a cada uma das regiões produtoras do Brasil. Além disso, o CTC também planeja desenvolver variedades resistentes a outros insetos, bem como tolerantes a herbicidas”, conclui.

 

 

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