Estamos em uma “revolução no tratamento de sementes”
"Tratamento tradicional ‘on farm’ deixa de utilizar tudo que já se desenvolveu"
Agrolink
- Leonardo Gottems
“Nós estamos em uma revolução no tratamento de sementes. Aquele tratamento tradicional, chamado ‘on farm’, que era feito pelos próprios agricultores, já evoluiu bastante. É um tratamento de alta tecnologia, mas que deixa de utilizar tudo que já se desenvolveu”. A afirmação é do diretor Financeiro do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável), José Otávio Menten.
Em entrevista ao Portal Agrolink, ele ressaltou que o tratamento industrial de sementes é feito em locais apropriados, que são centros dedicados a isso, usando os melhores equipamentos, os melhores produtos e pessoas extremamente treinadas. “Isso traz uma grande vantagem para quem está fazendo essa operação, menor exposição a efeitos colaterais e à semente uma qualidade melhor”, garante.
“Nós estamos, em uma operação, colocando os tradicionais defensivos químicos, mas também já podemos colocar diversos produtos biológicos, além de micronutrientes – terminando essa operação com polímeros e pó secante – que garantem a adesão dos produtos”, explicou o também engenheiro agrônomo e professor da ESALQ/USP.
De acordo com ele, isso garante uma perda muito menor, tanto por poeira como por abrasão, o que além de garantir que os produtos fiquem nas sementes, diminui muito a chance de contaminação de quem está fazendo o tratamento e de quem vai trabalhar com essa semente tratada na semeadura.
Menten participa do XX Congresso Brasileiro de Sementes, que se realiza esta semana em Foz do Iguaçu/PR. O conselheiro do CCAS será moderador no Painel “Tratamento de Sementes 2”, que faz parte da programação do XIV Simpósio Brasileiro de Patologia de Sementes nesta quinta-feira (10.08). Confira ainda, na entrevista, se os custos do tratamento industrial de sementes valem o investimento.