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Fecha cerco sobre quem planta feijão pirata

Muitos empacotadores já definiram que precisarão que o produtor comprove a origem


Foto: Eliza Maliszewski

O cerco está “se fechando sobre a pirataria de sementes” no estado de Mato Grosso, aponta o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). De acordo com a entidade, os produtores que forem plantar “precisarão estar atentos quanto à origem comprovada da semente”. 

“É muito provável também que outros estados venham a implementar formas de monitorar o plantio visando que a legislação seja cumprida e, por outro lado, que as sementeiras também garantam um nível de pureza, germinação, vigor e sanidade acima dos protocolos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, aponta a entidade mais representativa de pulses no Brasil. 

Outro fato importante, de acordo com o Instituto, é para quem está plantando agora: “Precisa estar atento ao fato de que muitos empacotadores já definiram que precisarão que o produtor comprove a origem do Feijão. Cuidado, pois se você plantar Feijão sem origem da semente também poderá enfrentar dificuldades na hora de vender. Há um movimento crescente que precisa ser ponderado. A população irá preferir as marcas que garantam que não correm o risco de estar se alimentando com Feijão GMO da EMBRAPA”.

MERCADO

A última sexta-feira foi de muitos negócios pelo interior do Brasil, onde quer que esteja sendo colhido algum Feijão: “A demanda continua abaixo do normal, mas suficiente para que os preços sigam com viés de alta lenta e constantemente. É verdade que parte do que está sendo vendido não está indo para as gôndolas, uma vez que é grande o número de especuladores que vão dobrando as apostas em constante e forte valorização”. 

“Por outro lado, nem todos os produtores estão dispostos a vender. Por exemplo, no Mato Grosso há diversos produtores que colocaram como objetivo R$ 250, e não têm vendido abaixo disso. Outros colocam prazos, ‘vendo até 15 de janeiro e acredito que é melhor virar o ano com produto na mão do que com dinheiro no banco’, afirmam diversos produtores da região de Primavera do Leste”, conclui o Ibrafe, que é presidido por Marcelo Eduardo Lüders. 

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