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Fertilizantes puxam importação recorde de químicos

Produtos para agronegócio representam mais que 70% do volume total


Os produtos químicos mais importados em Setembro no Brasil foram os “intermediários para fertilizantes”, cujas compras externas totalizaram US$ 576 milhões no mês passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23.10) pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

No acumulado do ano as importações somam 32,9 milhões de toneladas – o maior registro em quantidades compradas ao exterior entre os meses de janeiro e setembro de um mesmo ano. O significativo resultado é puxado pelos produtos químicos para o agronegócio, cujas importações somam mais de 23 milhões de toneladas representam mais que 70% do volume total importado.

No total de todos os segmentos, foram importados no Brasil US$ 3,7 bilhões em produtos químicos em setembro, valor que representa aumento de 2,8% em relação a agosto deste ano e de expressivos 16,5% na comparação com setembro de 2016. Por outro lado, as exportações registraram US$ 1,2 bilhão em setembro, crescimento de 3,7% na comparação com agosto e de 26,7% em relação ao mesmo mês de 2016.
 
Acumulam US$ 27,9 bilhões as importações de produtos químicos no ano, o que representa aumento de 7,9% frente ao mesmo período de 2016. Por outro lado, as vendas externas chegam US$ 10,1 bilhões, valor 13,0% maior do que o registrado entre janeiro e setembro de 2016. 

De acordo com a Abiquim, a recuperação econômica do País, que deveria ser motivo de comemoração, mais uma vez prejudica a balança comercial brasileira de produtos químicos. “É dramático e lamentável que o Brasil continue desperdiçando excelentes oportunidades de investimentos, a despeito de todo o potencial de consumo interno e até mesmo regional (Mercosul). O aumento da dependência externa por insumos estratégicos é incompatível com a necessidade de se agregar valor local às matérias-primas minerais e ao petróleo e gás nacionais para que se gerem empregos e renda de qualidade no Brasil ao mesmo tempo em que se garante a competitividade para diversos setores industriais”, avalia o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.

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