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Novos estudos desmentem alegação de câncer por milho transgênico

Não foi identificado nenhum malefício para a saúde humana


Três estudos europeus contrariaram a alegação do biólogo molecular e ativista francês, Gilles-Éric Séralini, de que o milho geneticamente modificado induzia tumores malignos em ratos. A informação havia sido publicada na Food and Chemical Toxicology, em setembro de 2012, sendo posteriormente retirado, porém as informações ainda eram utilizadas por ONGs para justificar seus temores em relação aos transgênicos. 

As pesquisas que contrariam as principais conclusões do professor da Universidade de Caen foram financiadas pela União Europeia (UE) e pela França. Os estudos da UE, GMO Risk Assement and Communication of Evidence (GRACE) e GM Plant Two Year Safety Testing (G-TwYST), e o francês GMO90 +, não conseguiram identificar nenhum malefício do milho tolerante a herbicidas para a saúde humana e foram realizados a fim de investigar as principais preocupações expostas por Séralini e fornecer orientações para as autoridades europeias. 

“Os consumidores europeus devem ser informados dos resultados desses estudos, o que deve tranquilizá-los sobre a qualidade de sua saúde em plantas geneticamente modificadas autorizadas para comercialização e sobre o procedimento de avaliação europeu, já o mais rigoroso do mundo”, disseram os pesquisadores. 

O estudo GRACE conduziu dos testes de alimentação de 90 dias e ratos usando duas duas variedades diferentes de milho geneticamente modificado, que resistem a pragas e doenças e também ao herbicida glifosato. A pesquisa tinha como objetivo orientar a UE sobre a necessidade ou não de produzir um estudo completo sobre carcinogenicidade, o que levaria dois anos e usaria um grande número de animais. 

O relatório sugere que esse tipo de abordagem não seja usado rotineiramente, mas vem se mostrando interessante em algumas situações. "No caso de questões técnico-científicas altamente disputadas e visões polarizadas, a abordagem continua sendo uma opção interessante para melhorar a qualidade e robustez social da pesquisa", conclui o relatório. 

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