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Paranaenses são exemplo de alta produtividade com biotecnologia

149 sacas por hectare com uso de biotecnologia agrícola



Há quase duas décadas, com a introdução das sementes geneticamente modificadas (GM) no Brasil, essa tecnologia tem sido uma grande aliada dos agricultores no aumento da produtividade de forma sustentável. Entre 1998, ano da introdução da soja transgênica no Brasil, e 2017 (período em que outras 12 tecnologias foram aprovadas), a produtividade de soja, por exemplo, teve um incremento de 43% no País, passando de 2,3 toneladas por hectare para 3,3 toneladas por hectare, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O produtor Marcos Seitz, do distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR), é prova de que o uso da biotecnologia agrícola propicia ganhos concretos. Adotando soja transgênica, ele já havia sido o campeão nacional em produtividade de área não irrigada na safra 2012/13, com 117 sacas de soja por hectare. Este ano, o agrônomo de 25 anos conseguiu o feito pela segunda vez: agora com 149 sacas por hectare, número quase três vezes maior que a média nacional, de 54,5 sacas por hectare.

Neste mês, Marcos e o irmão, Alexandre Seitz, de 35 anos, foram reconhecidos nacionalmente no Desafio da Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), em Passo Fundo (RS). A produtividade média dos terrenos na propriedade dos Seitz, na safra 2016/17, foi de 75 sacas de soja por hectare e de 226 sacas de milho por hectare. “Conseguimos esse desempenho porque melhoramos o tratamento fitossanitário, a qualidade do solo, choveu na medida certa e a temperatura ficou numa faixa ideal, entre 15° C e 35° C”, cita Marcos.

O produtor acredita que 30% dos erros no campo estão na escolha dos materiais genéticos, de acordo com o solo e o ambiente. “A maioria das pessoas foca apenas em máquinas”, afirma Marcos. Segundo ele, o prêmio é a recompensa de muito esforço e anos de trabalho. “A gente se arrepia só de escutar, é uma felicidade enorme”, destaca.

Os Seitz fazem rotação de culturas há 17 anos. Atualmente, plantam cevada, trigo e aveia. Em setembro, vem o milho, seguido por uma safrinha de feijão. A soja volta até o início de novembro. “Nosso trabalho é algo que nunca vai ter fim. E não tem nada mais gratificante do que produzir alimentos para o mundo”, diz Marcos, que já é da quarta geração de agricultores (seus bisavós vieram da antiga Iugoslávia, atual Croácia).

Aprendendo com os campeões

O presidente do CESB, Luiz Nery Ribas, avalia que os campeões em produtividade de soja têm qualidades em comum, que devem servir de exemplo para os demais agricultores. “Todos investem em sementes certificadas, adotam as boas práticas, fazem manejo e cobertura do solo, rotação de culturas, plantio direto e arranjo espacial. São fatores constantes entre os vencedores”, diz Ribas.

Segundo ele, o Paraná vem se destacando nos desafios do CESB. “É uma área pioneira no plantio direto e, historicamente, tem condições muito favoráveis à produção”, completa Ribas.

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