CI

Preço da soja sobe com safra menor nos Estados Unidos

Os preços da soja fecharam em alta de 0,7% ontem, em Chicago, na expectativa da divulgação do relatório de safra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicará nesta sexta-feira, 10 de outubro. "O USDA deverá mais uma vez reduzir sua projeção para a safra norte-americana de soja", diz Renato Sayeg, da Tetras Corretora. O relatório será decisivo para manter ou não a tendência de alta observada desde o início de setembro. A forte demanda mundial, particularmente da China, vem contribuindo para a guinada das cotações.

Em sua última estimativa, a agência projetou a produção dos EUA em 71,9 milhões de toneladas. "Não seria surpresa se o volume fosse inferior a 70 milhões de toneladas", diz Sayeg. O contrato da soja em grão para janeiro foi negociado a 685,75 centavos de dólar o bushel em Chicago.

Os produtores brasileiros estão se beneficiando da alta de preços na bolsa norte-americana. Ontem, em Rondonópolis (MT), a saca de 60 quilos foi cotada a R$ 40, patamar 14,3% maior que o registrado há uma semana. No porto de Paranaguá (PR), a saca foi negociada a R$ 45, preço 15,4% acima do praticado há uma semana.

Outro motivo apontado para a alta em Chicago foi a antecipação ao relatório de condição das lavouras, divulgado pelo USDA ontem, após o fechamento do pregão. O levantamento mostrou mais uma piora das plantações, com 38% delas em condições consideradas de boas a excelentes. O resultado é inferior aos 39% registrados na semana anterior e aos 70% apurados no final de junho. O mercado especula em quanto a piora poderá afetar a produtividade da safra.

Ontem, os preços fecharam em alta revertendo as perdas do início do dia. As cotações abriram em baixa em razão do avanço da colheita norte-americana. Com o clima seco predominante nas áreas produtoras do Meio-Oeste, os agricultores puderam entrar com as colheitadeiras em campo. De acordo com o USDA, 37% das plantações foram colhidas, porcentagem superior aos 29% apurados no ano passado e próxima da média histórica, de 39% nos últimos cinco anos.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.

2b98f7e1-9590-46d7-af32-2c8a921a53c7