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Umidade coloca arrozeiros em alerta no controle da Brusone

Conforme especialista, clima seco contribui para baixa incidência, mas produtor precisa manter cautela


Conforme especialista, clima seco contribui para baixa incidência, mas produtor precisa manter cautela
 
Uma das principais doenças nas lavouras de arroz, a Brusone, se revela um sério problema para a produção, resultando inclusive em perdas econômicas para os produtores. Mesmo com o clima mais seco neste período do ano, ao contrário do ano passado, quando as fortes chuvas influenciaram diretamente na produção e produtividade do grão, os arrozeiros necessitam manter a cautela no controle deste mal que pode atacar as plantas.
 
Conforme o doutor em genética e melhoramento de plantas e diretor de pesquisa da RiceTec Sementes, Edgar Torres, na Estação Experimental de Santa Maria, onde a multinacional conduz seus experimentos, não foram observadas lesões durante o período vegetativo das plantas. "Alguns ensaios já entraram no período reprodutivo e também não observamos brusone na base da panícula (pescoço). Isto pode ser atribuído às condições bastante secas que prevaleceram em novembro e parte de dezembro", analisa.
 
O especialista afirma que o clima seco de novembro ajudou e que foram escassas as informações de ocorrências da doença. No entanto, Torres salienta que o produtor deve manter o alerta devido à incidência de umidade e chuvas em algumas regiões que já ocorreram em janeiro. "O clima mudou nas últimas semanas com maior umidade do ar devido às frequentes chuvas e isto vai contribuir com o aparecimento da doença em semeaduras tardias e com materiais suscetíveis", reforça.
 
O diretor de pesquisa da RiceTec explica que, no caso destes materiais suscetíveis em estado vegetativo, os produtores devem observar a lavoura para avaliar a presença da doença e conversar com o engenheiro agrônomo ou assistente técnico para tomar as decisões de controle. "Em lavouras em fase de emborrachamento é necessário tomar medidas de prevenção especialmente em cultivares suscetíveis igualmente segundo as recomendações do engenheiro agrônomo ou assistente técnico", adverte.
 
Torres valia que as tecnologias têm sido fundamentais no combate à Brusone. Recomenda o uso de cultivares resistentes, manejo adequado para cada genótipo e também o controle químico aplicado seguindo as recomendações de um profissional. "Além disso, seria muito interessante ter um sistema de alarme que informe aos produtores quando se apresentam certas condições do clima e quando a probabilidade de aparecimento da doença é alta para que se tome as medidas corretas", orienta.

 

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