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MIP prolonga tempo para 1ª aplicação de inseticida

50 dias após semeadura da soja, enquanto média no PR é de 25 dias



As unidades que adotaram o Manejo Integrado de Pragas (MIP) conseguiram um prolongamento no tempo decorrido do plantio até a primeira aplicação de inseticidas. É o que apontam pesquisas conduzidas em áreas experimentais pela parceria entre a Embrapa Soja e o Instituto Emater no estado do Paraná.

Nas áreas com MIP, os produtores fizeram a primeira aplicação depois de 50 dias de semeadura da soja, enquanto a média paranaense foi de 25 dias para a primeira aplicação. "É muito importante conseguir retardar a primeira aplicação, pelo fato de ela manter por mais tempo o equilíbrio entre as populações de insetos benéficos e insetos-praga, resultando em menor número de intervenções," explica o pesquisador Osmar Conte, da Embrapa Soja. 

 
O entomologista Samuel Roggia, da Embrapa Soja, explica que o MIP-Soja começa com o monitoramento semanal da lavoura. Quando a pulverização é necessária, dados científicos comprovam a eficiência dos inseticidas seletivos (biológicos ou grupos químicos - reguladores de crescimento e diamidas). "Esses produtos têm alta eficiência de controle das pragas-alvo e, ao mesmo tempo, apresentam baixo impacto sobre os agentes de controle biológico presentes na lavoura", diz Roggia. 
 
Entre os inseticidas biológicos disponíveis no mercado estão aqueles que agem provocando uma doença nos insetos (entomopatógenos): os baculovírus e o Bacillus thuringiensis (Bt). Entre eles, um dos produtos que tem apresentado bons resultados no campo é o BTControl, que foi a primeira tecnologia brasileira capaz de controlar a Helicoverpa armigera.

Produzido pela empresa Simbiose Agro, o BTControl mostrou eficácia de 100% na eliminação da lagarta nos estágios larvais (L1, L2 e L3) até o 4° dia após a aplicação dos tratamentos. É o que apontou estudo conduzido pela Doutora em Entomologia Cecilia Czepak – uma das maiores autoridades brasileiras no assunto –, com a participação da Dra. Karina Cordeito Albernaz.


“No decorrer das avaliações observou-se um aumento significativo na mortalidade de H. armigera em todas as concentrações testadas, sendo que, aos seis dias após a exposição das lagartas ao produto Btcontrol, todos os tratamentos apresentaram 100% de mortalidade”, atestam as especialistas em seu “relatório técnico de avaliação de eficiência”.

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