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Pesquisa liga mau uso do glifosato a casos de câncer

Universidade de Córdoba constatou falta de boas práticas de manejo



A Universidade de Córdoba apresentou estudo epidemiológico segundo o qual a má utilização do glifosato, associada à falta de boas práticas de manejo, estaria associada aos aumentos dos casos de câncer. O levantamento foi conduzido na localidade de Monte Maíz (Córdoba, Argentina), onde população local tem uma incidência de tumores cancerígenos cinco vezes maior do que o comum.


“Os resultados preliminares foram alarmantes: a população de Monte Maíz tem cinco vezes mais casos de câncer do que os estimados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), além de 25% mais problemas respiratórios, como asma, e quase cinco vezes mais incidências de abortos espontâneos”, afirmou o pediatra Medardo Ávila Vázquez, integrante da entidade Rede de Médicos de Povos Fumigados.

Vázquez salientou ainda que “a população também registra o dobro de casos de diabetes tipo II e de hipotiroidismo que as estatísticas médias e quase três vezes mais frequência de colagenopatias (doenças inflamatórias do tipo autoimunes)”.

O levantamento foi feito em outubro de 2014 por uma equipe universitária que, durante cinco dias, estudou o prontuário clínico de 594 pessoas em uma população total de 8.000 mil habitantes. “Foi constatado que havia contaminação aérea intensa por armazenagem de cereais em meio à área urbana, contaminação com pesticidas nas ruas, depósitos de agroquímicos nas casas e fumigações na periferia urbana a poucos metros das residências”, completou o pediatra.

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