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Bioinsumos movimentaram USD 330 milhões no Brasil

Já há no País mais de 530 produtos para controle de pragas


Foto: Divulgação

Cerca de 130 empresas de bioinsumos no Brasil movimentaram aproximadamente R$ 1,7 bilhão (US$ 330 milhões) na safra 2020/2021, aponta pesquisa da Kynetec Brasil. A informação é do CEO da Promip, Marcelo Poletti, segundo o qual o aumento da oferta de insumos biológicos reforça a eficácia do controle de cláusulas e potencializa a rentabilidade e o crédito ao produtor.

Recentemente o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – anunciou o registro de novos defensivos agrícolas. “Destes, pelo menos 20 são de matriz biológica. Entre soluções químicas (semioquímicos e bioquímicos) e agentes biológicos (macrobiológicos e microbiológicos), já há no País mais de 530 produtos para controle de diretivas”, afirma Poletti. 

Segundo ele, o aumento da oferta de soluções biológicas traz uma “boa notícia” ao produtor agrícola brasileiro, ao abrir-lhe o caminho para a inovação e o atendimento a critério por sustentabilidade. “Além de produtos comprovadamente eficazes, os biológicos ganham tração ainda pela inocuidade à saúde das pessoas, dos animais e do meio ambiente”, afirma. 

Ao contrário do que ocorreu no passado, aponta o especialista, os biológicos estão agora disponíveis no “canal de distribuição”, ou seja, disponíveis nas revendas e demais pontos de venda. Este novo cenário de oferta impacta favoravelmente no robustecimento das estratégias de manejo integrado de praxe (MIP). 

“Frente à nova era, disruptiva, do mercado de biológicos, um momento em que tais produtos passam definitivamente a fazer parte do dia a dia do produtor, sobem exponencialmente as perspectivas de sucesso dos programas de MIP nas diferentes culturas”, defende. De acordo com ele, empreendedores e especialistas antecipam um “ciclo altamente positivo para o agronegócio em face do avanço tecnológico e mercadológico dos bioinsumos”. 

O estudo da Kynetec reforça ainda a tendência de crescimento na adoção desses insumos, seja de maneira isolada (cultivos orgânicos) ou de forma integrada, nos chamados grandes cultivos – milho, soja, algodão etc. 

“Há, inclusive, expectativas de curto prazo no sentido de que os bioprodutos diminuam de maneira representativa inconformidades relacionadas a resíduos químicos de alimentos in natura”, afirma Poletti. 

De outro modo, afirma ele, a adoção de agentes biológicos potencializa ganhos do produtor com a redução de gases de efeito estufa, por meio de créditos de carbono. “Terá também, certamente, ampliado seu acesso a financiamentos sustentáveis, concedendo apenas a negócios que contribuam para o equilíbrio no planeta”, conclui.

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