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Campanha de vacinação contra aftosa começa em maio no Paraná

Falta de vacinação ou comprovação acarreta penalização ao produtor


Em maio acontecerá mais uma campanha de vacinação contra a Febre Aftosa no Estado do Paraná. Nessa etapa, apenas animais com menos de dois anos deverão receber a dose. No ano passado, foram imunizados próximo de 260 mil cabeças de bovinos e bubalinos na região da Comcam – que correspondia ao número de animais com menos de 24 meses cadastrados no escritório regional da Adapar.

Na segunda etapa, em novembro, todos são vacinados, independente da idade, totalizando 581 mil cabeças. O Paraná é considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação e o objetivo é que em alguns anos se consiga passar para área livre sem vacinação, a exemplo do vizinho Santa Catarina. A manutenção dos mercados conquistados e a possibilidade de evoluir na situação sanitária dependem em grande parte dos resultados e comprovações feitas pelos produtores.

A manutenção de índices de vacinação altos é importante também para evitar que haja contato com o vírus. A Febre Aftosa é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, sendo uma das mais contagiosas que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. Entre seus sintomas estão febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas) principalmente na boca e nos cascos. Com isso a movimentação e alimentação dos animais fica prejudicada, o que acarreta rápida perda de peso e queda na produção de leite.

Embora a febre não seja transmitida a humanos, ela causa perdas econômicas. Isso porque sempre que é detectado um foco, toda a produção para de ser comercializada, não apenas produtos de origem animal como também os grãos. Como na região da Comcam, e em todo o Paraná, a agricultura é muito forte, o descuido de alguns proprietários poderia representar prejuízos incontáveis.

Além da vacinação, outra estratégia fundamental para o controle da doença é possuir uma vigilância sanitária fortalecida. As restrições aos produtos de áreas com focos da aftosa não são sentidas apenas em relação ao mercado internacional, mas também nacionalmente. Entre as medidas para evitar que haja riscos de contaminação, há um cadastro do setor pecuário e o controle do trânsito de animais, inclusive de outros Estados.

Entre os municípios da região de Campo Mourão, os maiores pecuaristas são Campina da Lagoa, Iretama e Altamira do Paraná, que possuem respectivamente 64, 61 e 60 mil animais entre bovinos e bubalinos.

Comprovações

Em todas as etapas, o número de animais vacinados fica bem próximo de 100% da meta e a expectativa é que nessa etapa isso se repita. A diferença de 1 ou 2% fica por conta dos produtores que realizam a vacinação, mas por algum motivo deixam de fazer a comprovação ou então animais que iriam para o abate dentro de 60 dias – caso em que a lei permite que não seja feita a vacinação.

A aquisição e aplicação da vacina contra a febre aftosa é de responsabilidade dos proprietários dos animais. A vacinação e a comprovação são obrigatórias e previstas em legislação estadual. A não vacinação ou a não comprovação implica em multa de R$ 107,58 por cabeça não vacinada, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade.

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