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MT perto do novo ciclo

Vazio Sanitário termina no dia 15 de setembro


Setembro chegou e com ele os sojicultores de Mato Grosso dão início à contagem regressiva para retomar os trabalhos no campo e dar o start de mais uma safra nacional de soja, já que o Estado semeia os primeiros hectares do novo ciclo brasileiro. O momento também é de estresse, já que invariavelmente há atrasos nas entregas de insumos básicos, como sementes e fertilizantes, bem como, preocupações extras com clima, pois a semeadura, além do fim do Vazio Sanitário, depende da retomada das chuvas. Como se diz no jargão do campo, o momento é de ‘tensão pré-plantio’.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a expectativa é que a área plantada chegue a 9,2 milhões de hectares, se a superfície se confirmar, a expansão anual será de pouco mais de 2%. Com a projeção, o Estado seguirá por mais uma safra líder nacional na oferta da oleaginosa.

Como reforça a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), por meio do Informe Técnico Aprosoja Nº 93/2015, de 1º de Setembro, os produtores devem aguardar pelo fim do período do Vazio Sanitário, no 15 de setembro, para só então dar início à semeadura, é claro, se houver condições climáticas para isso.

“O sucesso da produção agrícola, entretanto, mesmo apresentando aptidão favorável, pode variar conforme o planejamento realizado, o acompanhamento técnico, que começa já na escolha dos insumos, ma tecnologia implantada e também nas condições climáticas incidentes da semeadura à colheita”, diz Eduardo Silva, analista da Aprosoja/MT. Para esta safra, devido aos altos custos de produção, o produtor deve-se atentar aos mínimos detalhes para o sucesso e rentabilidade esperada da lavoura.

O informe técnico traz ainda outros pontos importantes para o produtor neste período de pré-semeadura. Para o planejamento da safra, o agricultor deve verificar sua capacidade operacional e os ativos imobilizados, as condições químicas, físicas e biológicas do solo, verificar a compactação e mensurar a população de nematóides, identificar ervas daninhas para fazer o manejo correto. Outro ponto que merecerá muita atenção do produtor são as ervas daninhas de difícil controle, como as que apresentam resistência ao glifosato, como é o caso do Amaranthus palmeri. O pordutor também não deve abrir não do Monitoramento Integrado de Pragas (MIP) e do Monitoramento Integrado de Doenças (MID).

Além disso, é necessário fazer um planejamento financeiro e um plano de ação para a safra. Em relação ao recebimento dos insumos, a Aprosoja/MT orienta que o produtor rural verifique notas fiscais e certifique-se de que as cargas são compatíveis em quantidade e composição. Para as sementes, verifique os testes de teores apresentados pelas sementeiras, também é essencial que o produtor faça os próprios testes de germinação. Para os defensivos, é preciso também observar as condições das embalagens.

Na época da semeadura, a Aprosoja/MT orienta que o produtor verifique as condições climáticas adequadas, a profundidade, as cultivares, o tratamento de sementes e a qualidade, a população de plantas adequadas, entre outros. Em um ano de custo elevado, é importante não arriscar e comprometer a produtividade ou correr risco de replantios por fazer cultivos em solos com déficit hídrico. No caso de soja RR2, é preciso atentar para a adoção de áreas de refúgio.

“É importante salientar a necessidade do acompanhamento técnico para auxílio na tomada de decisões. Também é obrigação do produtor rural fazer o cadastramento anual do cultivo de soja no Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea/MT) até o dia 15 de fevereiro e recolher a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT)”, frisa Eduardo Silva.

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