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New Holland aposta em dia de campo para driblar crise


Flávio Bernardes, especial para a Gazeta do Povo

Cerca de 200 agricultores, técnicos e jornalistas na arquibancada, de um lado. Do outro, na arena do centro agropecuário de Ponta Grossa – onde geralmente se disputam provas de rodeio -, em vez de touro e peão, foram os operadores e seus tratores, colheitadeiras e pulverizadores da New Holland que deram o show. O vento contou com queima de fogos, elogios do locutor a cada cinco palavras. Tudo para convencer os produtores a investir.

A primeira etapa de 2015 do programa “Em Campo”, organizado pela New Holland, realizada entre quinta-feira (26) e sexta-feira (27) veio num momento de incertezas. As vendas vêm caindo desde o ano passado e 2015 teve o pior primeiro bimestre desde 2007: entre janeiro e fevereiro deste ano, foram 7.040 máquinas vendidas, quase 25% do que no mesmo período do ano passado. “O que atrapalhou foi a incerteza sobre o plano safra e os juros”, avalia Davi Lunardi, presidente da Tratornew, concessionária da New Holland nos Campos Gerais.

A situação, no entanto, tende a se complicar, já que a taxa de juros para a compra de maquinário agrícola vai subir dos atuais 4,5% para 7,5% a partir de abril, de acordo com anúncio do Conselho Monetário Nacional, feito ainda na quinta-feira.

Uma curiosidade: durante o show das máquinas, dois atores encenaram os personagens “Seu Chico” e “Pedrinho”, pai e filho. Pra convencer o pai, receoso, a comprar um trator New Holland, o menino apelava até pra emoção: “quem quer alguma coisa de verdade tem que acreditar”, dizia ele, com bastante ênfase no “acreditar”. Pelo atual momento do setor, não é só para os agricultores que vale o ditado: para a indústria, também.

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