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Rabobank amplia atuação no Mato Grosso

Em todo país o banco holandês está representado por 15 unidades


Registrando um crescimento médio de 30% ao ano na carteira agrícola, o Rabobank Brasil pretende fortalecer a atuação em Mato Grosso, onde mantém 4 agências, inaugurando mais uma unidade em 2013. Em todo país o banco holandês está representado por 15 unidades, sendo o maior número delas instalado no Estado, onde a carteira agrícola alcança R$ 1 bilhão, montante que representa mais de um terço da carteira do banco no Centro-Oeste, revela o vice-presidente da empresa, Antonio Carlos Ortiz.


Atuando em Mato Grosso desde 1989, o Rabobank iniciou a carteira de clientes com os empresários agroindustriais e agregou os produtores em 2004. Ortiz atribui o crescimento do banco ao fortalecimento da agricultura e às boas margens no mercado agrícola. Mas o cenário atual requer atenção redobrada dos produtores, especialmente os mato-grossenses, quanto ao nível de endividamento. “Ele (endividamento) está menor, mas é preciso evitar que volte”.

Como os produtores do Estado estão mais capitalizados na safra 2011/2012, há o risco dos produtores buscarem um volume de recursos financeiros muito acima do capital próprio, na intenção de investir mais na produção. Situação foi estudada pelo banco e, no caso da produção de soja, foi constatado que quando a margem operacional fica acima de 13%, para cada ponto percentual há crescimento de 150 mil hectares no plantio no ano subsequente. Estimativa da instituição financeira aponta que em 2012 as margens médias da produção agrícola alcançaram cerca de 30%, sinalizando expansão na área plantada para próxima safra de 2 milhões de hectares no país, concentrados nas mãos de alguns grandes produtores. Ortiz acrescenta que o risco advém dessa concentração e lembra que o avanço na margem média é decorrente do aumento da demanda dos países emergentes e das frustrações das safras agrícolas por causa da seca no Sul do país, Argentina e Estados Unidos. Na análise do vice- presidente do Rabobank, o crescimento seguro requere financiamentos de longo prazo, possibilitando efetuar pagamentos na medida que os recursos permitem. Além disso, o produtor deve evitar investimento 3 vezes maior que a geração de caixa esperada e deve manter a liquidez e caixa mínimo.


Diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Marcelo Duarte, diz que o produtor deve fazer um planejamento “conservador” no momento de captar recursos para investimentos. “Não deve ser muito otimista, se baseando na rentabilidade desta safra, porque o cenário muda”.

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