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Setor rural argentino pede mudanças no comando do país

Agrolink esteve presente na 129° Exposição Rural, em Buenos Aires



A cerimônia de abertura da 129° Exposição Rural da Argentina se transformou em um verdadeiro ato público de clamor por mudanças nos rumos de comando do país. Em rota de colisão com o governo de Cristina Kirchner, o setor produtivo rural encerrou no último domingo (02.08) sua feira mais famosa durante evento acompanhado pelo Portal Agrolink na sede de Buenos Aires da Sociedade Rural Argentina.


“Dentro de poucos dias a democracia vai colocar nas mãos de todos os argentinos uma ferramenta poderosa. O ato maravilhoso de votar é a grande oportunidade para avaliar gestões, promessas cumpridas e não cumpridas. Teremos a obrigação, o dever e o direito de reafirmar o reorientar o rumo do nosso país”, afirmou o presidente da entidade, Luis Miguel Etchevehere.

“É indispensável que nos perguntemos se aqueles que postulam conduzir os destinos da Argentina [...] verão o Campo Argentino como a grande possibilidade de erradicar para sempre a fome. Estas perguntas terão que ser respondidas no voto”, acrescentou. “Se você suspeita que seu voto pode consagrar dirigentes que cometeram ou podem cometer atos de corrupção, por favor não os eleja”, apelou. 

Etchevehere criticou ainda a política de aumento de impostos e retenções praticadas pelo governo peronista: “Acreditam que, multiplicando impostos, se soluciona a pobreza. Não votem neles. Se aqueles que estão pedindo seu voto já humilharam alguma vez aos que trabalham a terra e produzem a agricultura mais competitiva do mundo, no vote neles. A Argentina desperdiçou na última década a melhor oportunidade que teve neste século: a de alimentar aos argentinos e ao mundo”.


O dirigente usou seu discurso ainda para lembrar que o país perdeu presença no mercado internacional, diminuindo sua participação na produção mundial de trigo. Também ressaltou a forte queda na exportação pecuária e que todas as produções regionais estão agonizando.

“As autoridades que surjam dos comícios devem gerar um plano global e sustentável de desenvolvimento do campo e das agroindústrias. Temos que eliminar impostos sobre as exportações de todos os produtores e culturas; terminar com as restrições, contar com mercados transparentes, onde os preços se formem baseados na concorrência; que a reinserção comercial da Argentina no mundo seja una política de Estado; que o investimento público concretize obras de infraestrutura e melhor a competitividade, contando com bancos de fomento que estejam a serviço da produção, com estímulo ao investimento e uma moeda estável”, concluiu.
 

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