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Projeto europeu faz fertilizantes com bioresíduos

Atualmente, até 75% dos biorresíduos urbanos na UE são incinerados ou depositados em aterros


ssa plataforma visa valorizar a fração orgânica dos biorresíduos municipai ssa plataforma visa valorizar a fração orgânica dos biorresíduos municipai - Foto: Pixabay

Um projeto financiado pela União Europeia, conhecido como Deep Purple, alcançou um marco importante na agricultura ao desenvolver um fertilizante feito a partir de biorresíduos e águas residuais. Esse fertilizante libera nutrientes gradualmente no solo, tornando-o mais eficaz para o cultivo.

Em 2019, uma colaboração entre diversos parceiros europeus resultou na criação de uma plataforma multibiorrefinaria. Essa plataforma visa valorizar a fração orgânica dos biorresíduos municipais e das águas residuais domésticas, aproveitando assim recursos renováveis e promovendo uma economia circular. Atualmente, até 75% dos biorresíduos urbanos na UE são incinerados ou depositados em aterros, o que acarreta em custos ambientais e econômicos significativos.

No cerne desse esforço está a plataforma de biomassa, destacando-se a primeira biorrefinaria fotobiorreator desse tipo, localizada na estação de tratamento de águas residuais de Linares, em Jaén, Espanha. Operada pela Aqualia e de propriedade da Câmara Municipal de Linares, essa instalação inovadora utiliza bactérias fototróficas roxas para converter luz solar e produtos orgânicos dos resíduos em uma biomassa enriquecida, rica em nutrientes. Essa biomassa serve como base para a produção do biofertilizante de liberação lenta.

A AII-RG (Roullier), sediada em Saint-Malo, França, liderou o desenvolvimento do biofertilizante. Utilizando um revestimento biodegradável especial composto por polihidroxialcanoatos (PHA) e nanofibras de celulose (CNF), derivadas das próprias plataformas de biomassa e celulose, o fertilizante foi projetado para liberar seus nutrientes gradualmente no solo. Os parceiros ACTIVATEC e ITENE desempenharam papéis importantes na extração de PHA e no desenvolvimento do revestimento, enquanto a AII-RG testou o biofertilizante com sucesso em uma planta piloto industrial e em escala de demonstração.
 

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