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Alta do milho pode ser só uma “recuperação”

No Brasil, a colheita da safra de verão aumentou a disponibilidade interna


"A média dos preços pagos aos agricultores nesta semana ficou em R$ 52/saca em Passo Fundo" "A média dos preços pagos aos agricultores nesta semana ficou em R$ 52/saca em Passo Fundo" - Foto: Pixabay

Os preços do milho podem subir no segundo semestre no Brasil, mas não seria uma alta genuína, apenas uma recuperação de uma tendência de queda atual. Portanto, é recomendável vender agora e investir o dinheiro, pois esperar pode resultar em menor retorno. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica. 

“Prova disto é que a média dos preços pagos aos agricultores nesta semana ficou em R$ 52/saca em Passo Fundo e R$ 48/saca em Cascavel, mas, se tivesse sido colhido e vendido em seguida, em dezembro e aplicado o dinheiro, estes preços seriam equivalentes a R$ 65,38 agora em abril, em Passo Fundo e R$ 55,98 em Cascavel, perdas de 20,46% e de 14,25%, respectivamente”, comenta.

A expectativa de maior demanda interna por etanol de milho nos Estados Unidos e os problemas na safra argentina de milho são os fatores de alta. “A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que a colheita de milho alcançou 17,2% da área apta, avanço de 1,9 ponto porcentual ante a semana anterior. Segundo a bolsa, os trabalhos foram prejudicados por chuvas abundantes em grande parte da área agrícola. O rendimento médio nacional está em 8.790 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49,5 milhões de toneladas. Em parte das áreas semeadas mais tarde, a qualidade das lavouras continua caindo por causa da incidência da cigarrinha-do-milho, disse a bolsa”, completa.

No Brasil, a colheita da safra de verão aumentou a disponibilidade interna e isso é um fator de baixa. “A colheita da primeira safra de milho alcançou, no País, 52,9% da área plantada, avanço de 1,9 ponto porcentual na semana e atraso de 1,9 ponto porcentual entre as temporadas. São Paulo, com 98% da área colhida, e Paraná, com 95%, lideram os trabalhos, seguidos por Santa Catarina, com 87%, e Rio Grande do Sul, com 82%”, conclui.
 

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