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Anvisa quer proibição do paraquate: “pode causar Parkinson”

Superintendente de Toxicologia da Agência esteve na Câmara


A superintendente de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Silvia Cazenave, afirma que o paraquate pode causar o mal de Parkinson – razão pela qual o órgão propõe a proibição deste ingrediente ativo. A Anvisa abriu consulta pública até o próximo dia 16 de Novembro para as manifestações do setor produtivo e da sociedade civil sobre a possibilidade de banir agroquímicos contendo este herbicida. 

“Estamos estudando possíveis impactos dessa substância na saúde humana, mas o paraquate é de extrema gravidade tóxica e há evidências de que pode causar Parkinson. Isso seria um impeditivo para o seu registro”, disse Silvia em audiência pública promovida na comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. 

Segundo ela, ainda não há uma conclusão definitiva sobre a manutenção do registro do paraquate, que é defendido por especialistas e entidades do agronegócio, como Aprosoja, Abramilho, CNA, Andef e Sindiveg. 

“Já vim para cá com a ideia clara de que estamos prestes a perder o paraquate”, lamentou o presidente da Abramilho, Alysson Paulinelli. De acordo com Fernando Adegas, pesquisador da Embrapa Soja, o produtor rural teria que arcar com um custo adicional de R$ 407 milhões caso o paraquate seja proibido.

O professor Ângelo Zanaga Trapé dirige um programa de estudos dos efeitos de agroquímicos na saúde humana. Para ele, as pesquisas não apresentam casos de contaminação: “Já avaliei mais de 30 mil produtores nas últimas décadas e nenhum foi contaminado”, afirmou na reunião.

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