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Área destinada ao cultivo de eucalipto bate recorde em Mato Grosso do Sul

MS registrou 690 mil hectares de eucaliptos plantados em 2013



Mato Grosso do Sul registrou 690 mil hectares de eucaliptos plantados em 2013, número 475% maior em relação ao ano de 2006, em que o Estado cultivou 120 mil hectares. Os dados são do último relatório da Reflore – Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas. Além de rentável, a atividade é alternativa para a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). O cultivo de eucalipto como diversificação na propriedade rural será abordado em palestra na Feira do Empreendedor 2014, no Centro de Convenções Albano Franco em Campo Grande. 

Ecologicamente correto e com alta demanda no mercado, o cultivo de eucalipto é realizado em pequenas e médias propriedades do Estado. Para o instrutor do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul, Ramiro Juliano da Silva, um fator importante que contribui para o aumento do plantio de eucalipto no Estado é a viabilidade da madeira. “O eucalipto é duas vezes mais rentável do que a pecuária, por exemplo, e o produtor pode recorrer a programas de incentivo à atividade, o que o deixa mais próximo do comércio com empresas florestais, presentes em peso no Estado”, destaca. 

Para iniciar o plantio de eucalipto na propriedade rural, o investimento gira em torno de R$ 5 mil por hectare. A primeira extração de madeira pode ser feita entre o quinto e sétimo ano e cobre as despesas do valor desembolsado. “A partir da próxima retirada, que acontece no 15º ano, o lucro gira em torno de R$ 2,5 mil por hectare”, explica Silva, que recomenda que o produtor interessado em investir na atividade faça um estudo de mercado para determinar qual será o destino da produção. 

O cultivo de eucalipto em Mato Grosso do Sul foi pioneiro em  Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Água Clara, municípios à margem da Ferrovia Noroeste, que ligava Bauru (SP) a Corumbá. A ferrovia foi instalada no Estado em meados de 1914. A necessidade de abastecimento da locomotiva com madeira incentivou o plantio ainda que tímido de eucalipto nessas cidades. Começava assim o cultivo da madeira no Estado. 

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