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Autor de “Barriga de Trigo” diz que não falava de transgênico

Afirma que foi mal interpretado, e referia-se ao “hibridizado”



O médico cardiologista norte-americano Willian Davis afirma que foi mal interpretado quando acusou o “trigo transgênico” de provocar uma epidemia de obesidade na sociedade atual. “Eu nunca disse, na linguagem dos geneticistas, que o trigo é geneticamente modificado. O trigo comercial moderno não é geneticamente modificado... e eu nunca disse que é”.


Davis faz então um exercício de semântica para tentar se explicar: “Modificação genética, na terminologia escorregadia da Genética, significa que um gene ou uma sequência parcial de gene foi inserida ou excluída usando a tecnologia de engenharia. Enquanto pesquisas atuais continuam a trabalhar no trigo geneticamente modificado (com resistência a herbicidas e redução do risco de doenças celíacas), esse trigo não está atualmente no mercado”.

Segundo o médico, o que ele realmente quis dizer foi que o trigo moderno acabou sendo “hibridizado (cruzando diferentes estirpes para gerar novas características) e retrocruzado (cruzamento repetido para peneirar um traço específico, por exemplo, baixa estatura). Até com plantas que não são trigo. Há também o uso de químicos, mutagênese com raios-x e gama, ou seja, o uso de estímulos desagradáveis para induzir mutações que podem, em seguida, ser propagadas em prole”.


“Hibridização, retrocruzamento e técnicas de indução de mutação são difíceis de controlar, são imprevisíveis e geram muitos resultados inesperados. Em suma, é pior do que modificação genética. Imaginem aplicar técnicas similares de hibridização e mutagênese em mamíferos – nós teríamos todas as formas de criaturas bizarras e aberrações genéticas nas nossas mãos”, defende Davis.

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