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Cientistas pedem proibição dos neonicotinoides e fipronil

"ameaça para produtividade de nosso meio natural e agrícola”



Uma avaliação científica internacional foi apresentada nesta terça-feira (24.06) solicitando a suspensão progressiva dos pesticidas neonicotinoides e fipronil. O grupo de pesquisadores responsáveis pelo estudo alegam que as substâncias (das mais utilizadas no mundo) têm efeitos colaterais sobre a biodiversidade: abelhas, borboletas, minhocas, aves e peixes.


“As provas são muito claras. Estamos diante de uma ameaça que pesa sobre a produtividade de nosso meio natural e agrícola”, sustenta o Dr. Jean-Marc Bonmatin (do Centre National de la Recherche Scientifique, na sigla em francês), um dos autores da pesquisa. Foram examinados 800 estudos publicado há vinte anos.

O objetivo é “começar a planejar sua supressão progressiva em escala mundial ou, ao menos, formular planos destinados a reduzir fortemente seu uso no mundo”. Participaram do levantamento 29 pesquisadores internacionais especializados em pesticidas sistêmicos, e as conclusões estão sendo publicadas em artigos da revista “Environmental Science and Pollution Research”.


De acordo com o comunicado, os neonicotinoides e o fipronil são “os mais utilizados hoje no mundo, com uma quota de mercado estimada em 40%”, com efeitos por exposição “imediatos e nefastos, embora também crônicos”: perda de olfato, memória, fertilidade, capacidade de ingestão de alimentos e prejuízos para abelhas (que forrageiam menos) e minhocas (que diminuem capacidade de cavar).

Os pesticidas foram denunciados na União Europeia como uma das causas para o declive das populações de abelhas. A comunidade suspendeu o uso do fipronil e de três neonicotinoides no ano passado.

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