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Pressão da mosca-branca se intensifica nas lavouras de algodão da Bahia e do Mato Grosso

Ministério da Agricultura incluiu inseto entre os de maior risco


Produtores enfrentaram ataques da praga no início da safra, em virtude do tempo seco; Ministério da Agricultura incluiu inseto entre os de maior risco
 
Nos primeiros meses deste ano, na etapa de plantio da safra de algodão que está em andamento, houve ataques de alta intensidade da mosca-branca em áreas de cultivo da Bahia e do Mato Grosso. A forte presença do inseto nessas lavouras cresce ano a ano, segundo especialistas.
 
Incluída pelo Ministério da Agricultura, no ano passado, na lista das pragas consideradas de maior risco sanitário, com potencial para provocar prejuízos econômicos, a mosca-branca, ou Bemisia tabaci, suga a seiva da planta de algodão, provocando deficiências nutricionais.
 
“Nas lavouras mais novas, a praga causa desuniformidade e atraso no desenvolvimento. Já nas mais desenvolvidas, são características do ataque o abortamento de estruturas reprodutivas e o surgimento de condições favoráveis à ação da mela e da fumagina. No final do ciclo, a agressividade da mosca-branca pode contaminar a fibra do algodão”, explica Ivan Jarussi, engenheiro agrônomo da DuPont Brasil Proteção de Cultivos.
 
“A grande perda provocada pela mosca-branca se dá na parte fisiológica da planta. A praga retira nutrientes, desestabiliza a planta do algodão pela redução da capacidade de fotossíntese. Com a queda na produção, e os efeitos danosos na qualidade da fibra, o produtor sofre enormes prejuízos e vê seu produto final ser depreciado no momento da venda”, continua Jarussi.
 
De acordo com o gerente, a presença da mosca-branca no algodoeiro passou a receber mais atenção de especialistas e estudiosos em períodos recentes. “É uma praga que ainda está sendo estudada. Entendemos ser importante o produtor monitorar essa evolução dos ataques e adotar as boas práticas de controle do inseto nas primeiras infestações de sua lavoura”, acrescenta Jarussi.
 
A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – e outros órgãos do agronegócio têm divulgado, com frequência, recomendações técnicas para controle da mosca-branca, entre as quais se destacam o uso de inseticidas e de cultivares adaptadas, o plantio de mudas sadias, a limpeza da lavoura e a adoção do vazio sanitário.
 
Nova tecnologia e resultados – A DuPont Brasil Proteção de Cultivos obteve registro oficial para a aplicação do inseticida Benevia® no controle da mosca-branca em algodão e outras 29 culturas. A autorização vale também para manejo de outras pragas. 
 
Ivan Jarussi destaca que Benevia® foi desenvolvido com base em uma molécula química de última geração, o Ciantraniliprole. “Benevia® é um defensivo agrícola de baixa toxicidade, com alta potência inseticida e seletividade aos inimigos naturais da mosca-branca e de outras pragas do algodoeiro”, adianta Jarussi.
 
Segundo o agrônomo, antes da obtenção do registro nos órgãos reguladores Benevia® foi pesquisado em mais de 100 campos experimentais, em todo o território nacional. A recomendação da DuPont para uso desse produto no algodão é efetuar três aplicações, com intervalo máximo de 10 dias entre uma e outra. “O período ideal para o tratamento acontece entre 40 e 100 dias da emergência da cultura”.
 
“Benevia® apresenta eficácia superior por contar com uma característica única: o controle de todas as fases da praga, desde a ninfa até os insetos adultos. A ação sobre todo o ciclo da praga minimiza os ‘escapes’ e proporciona maior período de controle da mosca-branca”, finaliza Jarussi.

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