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Tecnologia auxilia no controle dos custos de irrigação no agronegócio

Sistema de monitoramento de pivôs centrais


Diante da crise hídrica atual, poucos sabem que água é o principal insumo para geração de alimentos. E é esta indústria, a agropecuária, o seu grande consumidor. Enquanto nós consumimos diretamente 9% da água potável, a agropecuária é responsável por 83%! São 72% para produção de vegetais, grãos, frutas etc e 11% para a produção de carne.

Figura 1- Usos da Água
 
De acordo com a ONU, em 2050 seremos 9 bilhões de pessoas no mundo. Para alimentar toda essa população, será necessário um aumento da produção de alimentos em 70%. Em tempos de mudanças climáticas, secas severas e crises na distribuição de água, a tecnologia desempenha papel fundamental para otimizar a utilização desses recursos e vencer os desafios da segurança alimentar.
A agricultura irrigada é a atividade econômica que mais consome água no mundo. A cada seis minutos de operação, um pivô central irriga uma plantação com o equivale ao consumo médio anual de água de uma pessoa. Mas uma tecnologia desenvolvida pelo C.E.S.A.R, instituto de inovação com sede em Recife, pode economizar o uso desse recurso.  Trata-se do Monitor de Irrigação, serviço que possibilita o acompanhamento remoto (web)dos pivôs de irrigação no campo.  “A ideia nasceu de um desafio: aumentar a produção de alimentos sem acrescer o consumo dos dois principais recursos do agronegócio: terra e água”, explica Eduardo Peixoto, um dos idealizadores do projeto.
O equipamento, instalado em cada pivô central, realiza a coleta contínua de informações sobre o funcionamento da unidade (velocidade, posicionamento, direção do deslocamento, pressurização). Estes dados são transmitidos por meio de tecnologias sem fio para um data center que disponibiliza a informação em tempo real, e via Internet, permitindo o monitoramento do funcionamento dos pivôs a partir de qualquer dispositivo conectado, como um computador, ou um smartphone.
De acordo com Victor Nogales, gerente do projeto, cerca de 98% da base instalada de pivôs centrais no Brasil não tem nenhum acompanhamento automatizado, somente manual. “Com o nosso sistema, o produtor vai acompanhar com precisão o uso da água, monitorando e verificando se o planejamento está sendo cumprido. O objetivo é realizar uma irrigação de forma responsável, planejada e monitorada”, explica Nogales.
Além de tornar mais efetivo o uso da água, o sistema também pode economizar energia. No campo o preço da energia elétrica varia por faixas de horário. Das 6h às 18h, a energia é tarifada normalmente. Das 18h às 21h, período considerado de pico, o preço aumenta. E das 21h às 6h a tarifa reduz, sendo o melhor horário para a utilização dos pivôs, por exemplo.
O Monitor de Irrigação também oferece um alarme de parada noturna, que avisa o produtor via SMS sobre a parada não planejada do pivô, evitando rondas no período da noite. Esse mecanismo auxilia o agricultor a gerenciar os melhores horários para o funcionamento do seu equipamento.
O C.E.S.A.R oferece o serviço por um modelo de assinatura, onde se paga a adesão e as mensalidades em função da área do pivô central. A instalação e manutenção fazem parte do serviço sem custos adicionais, o que torna o sistema mais acessível do que os atuais sistemas de automação de pivô que se encontram no mercado. “A única coisa que o produtor precisa ter para assinar esse serviço é acesso à internet”, detalha Nogales.
O Monitor de Irrigação está instalado em fazendas localizadas nos estados do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Bahia.
SOBRE O C.E.S.A.R
C.E.S.A.R - instituto privado, sem fins lucrativos e autossustentado que inova em produtos, serviços e empresas com Tecnologias da Informação e Comunicação. Atuamos em todo o ciclo de inovação, desde o estudo de contextos, passando pela concepção de ideias à prototipação e desenvolvimento de soluções para empresas dos mais diversos setores.

Uma lista parcial de clientes do C.E.S.A.R inclui a CHESF, Gemalto, Bematech, Elcoma, HP, LG, Sonae Sierra Brasil, Motorola, Positivo, Samsung, Siemens e Saraiva. Em 2014, o C.E.S.A.R atingiu a marca de R$ 100 milhões em vendas de projetos de inovação.

A solução pode ser encontrada em fazendas do Grupo Wehrmann, em Goiás, e do Grupo Sérgio Paranhas na Bahia. Encontram-se também algumas unidades do MI em testes na Associação Entre Ribeiros, em Minas Gerais.

Prêmios e reconhecimentos nacionais validam a contribuição do C.E.S.A.R para o desenvolvimento da indústria de inovação no país. Destaque para o Prêmio FINEP de Mais Inovadora Instituição de Pesquisa do Brasil (2004 e 2010), o Prêmio de Modelo de Negócios Mais Inovador do País pela Revista Época Negócios (2009) e o Prêmio Info200 de Melhor Empresa de Serviços de Software (2005). Mais em www.cesar.org.br.

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